O grupo automóveis Volkswagen está em plena crise e a pressão continua a aumentar. A marca alemã cortou, pela segunda vez este ano, as perspetivas operacionais para 2024, em menos de três meses.
A Volkswagen vem agora dizer que a quebra acentuada da procura vai afetar, severamente, a sua margem de lucro no total do ano. Nas novas contas da fabricante de Wolfsburgo, a margem operacional deve ficar nos 5,6%, uma queda de 1,4 pontos percentuais em relação ao 7% apontados no passado mês de julho. Nesta altura, a empresa já tinha revisto os objetivos em baixo, em parte devido aos custos do encerramento de uma fábrica da Audi na Bélgica.
As novas previsões dão conta de receitas líquidas de dois mil milhões de euros na divisão automóvel, um valor que representa menos de metade dos 4,5 mil milhões de euros antecipados no início do ano. O grupo perspetiva terminar o ano com nove milhões de viaturas vendidas, significaria uma queda de 2,6% em relação a 2023.
A gigante automóvel da Alemanha segue outros fabricantes alemães, que decisão rever as suas previsões anuais em baixa em setembro. A Mercedes-Benz e a BMW reviram as suas perspetivas, apontando o enfraquecimento da procura na China, o maior mercado automóvel do mundo, como a causa para a atualização.
A crise no sector imobiliário está a afetar a economia chinesa, levando as famílias a evitar a compra de automóveis, afetando as contas das fabricantes automóveis. A corrida dos veículos elétricos também está a afetar as contas, uma vez que aqueles produzidos na China são mais baratos, o que vai esmagar as margens das europeias.
Também a queda da confiança dos consumidores europeus, nomeadamente na Alemanha, está a penalizar a procura de automóveis com motores de combustão. Isso fez com que a Volkswagen admitisse o encerramento de fábricas, com os trabalhadores alemães a ameaçar de greves.
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