As empresas do alojamento, restauração e similares contribuíram com 368 milhões de euros em IRC durante o período da pandemia, segundo os dados da Autoridade Tributária (AT) de 2020 a 2022, e que foram analisados por Jorge Barbosa, vice-presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), durante o congresso da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre em Aveiro, nos dias 11 e 12 de outubro.
“O IRC liquidado por todas as empresas da restauração contribuiu para o país em 2020, com 52 milhões de IRC, em 2021 com 95 milhões de IRC e em 2022 com 221 milhões”, referiu, salientando que este é um dos impostos que mais impacto tem num setor, onde as obrigatoriedades fiscais e os elevados custos de contexto das empresas “são uma preocupação e vistas como um grande entrave à sustentabilidade financeira e ao seu crescimento”.
No entanto, o número de declarações apresentadas com resultados negativos em IRC desceu durante o período pandémico neste setor, tendo começado nas 31.608 em 2020, baixando para as 25 mil em 2021 e caíndo em 2022 para as 23 mil declarações.
“Em 2022, o número de declarações negativas no setor do alojamento, restauração e similares correspondeu a 11,9% do total das empresas portuguesas de todos os setores”, apontou o responsável da OCC.
Em sentido inverso, as empresas que apresentaram resultados positivos foram em crescendo, começando nas 10.500 em 2020, 17.600 em 2021 e 22.500 em 2022. “O número de empresas com resultados positivos apresentadas correspondeu a 8% do total nacional”, sublinhou Jorge Barbosa.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com