As empresas estão a apelar ao regresso aos escritórios e a Amazon Web Services (AWS) segue essa tendência, dado que já se passaram mais de dois anos desde o fim da pandemia. A Amazon é uma das muitas empresas que defende o regresso dos cinco dias presenciais de trabalho, pedindo aos seus trabalhadores para o fazerem até janeiro.
Agora, o CEO da Amazon Web Services (AWS), Matt Garman, diz que quem está mal se pode mudar. O chefe da divisão da cloud mostrou ser defensor da nova política e fechou a porta a quem não pensa em regressar. “Se as pessoas não trabalham bem nesse ambiente e não querem [regressar], está tudo bem, há outras empresas”, terá dito Garman numa reunião, citado pela “Reuters” e “CNBC”.
“Na Amazon, queremos estar num ambiente em que trabalhamos juntos, e que sentimos o ambiente colaborativo é extremamente importante para a nossa inovação e para a nossa cultura”, disse o responsável pela cloud.
A política anterior decretava que os trabalhadores tinham de ir ao escritório três dias por semana, com Andy Jassy, CEO da Amazon, a dar até 2 de janeiro para todos aderirem aos cinco dias presenciais.
Mas esta nova política, que marca também uma mudança na forma como o anterior CEO da AWS, Adam Selipsky, liderava a equipa, está a gerar discórdia entre os funcionários. Os trabalhadores da tecnológica defendem que são tão produtivos a trabalhar a partir de casa ou em regime híbrido quando estão no escritório.
Há trabalhadores que sustentam que a mudança vai colocar pressão nas famílias e nos cuidadores.
Na reunião dentro da sede, Garman terá apontado que “nove em cada 10 pessoas estão entusiasmadas com a mudança”, e que tudo o que a empresa quer é “haja um ambiente de escritório” e de proatividade. Ainda assim, lembrou que haverá flexibilidade por parte da AWS e que não será negado um dia de trabalho remoto caso seja necessário e acordado previamente com a chefia.
Matt Garman admitiu que o objetivo do regresso é preservar a cultura da empresa e “os princípios de liderança”. Afinal de contas, a Amazon está a tentar ganhar a corrida à Inteligência Artificial Generativa, estando a concorrer contra fortes concorrentes como Microsoft, OpenAI e Google.
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