Manuel António Correia, militante do PSD Madeira, que tem defendido a realização de um Congresso Extraordinário, para clarificação da liderança da força partidária, diz que vai exigir ao partido a análise, uma a uma, com a presença de representantes dos requerentes, “da situação e qualificação das assinaturas, bem como os fundamentos das decisões tomadas pelos órgãos do partido sobre cada uma delas, em nome da verdade, da transparência e da defesa do bom nome dos envolvidos, num e noutro lado”.
Em causa estão, explica Manuel António Correia, as 540 assinaturas de militantes do PSD Madeira, que assinaram o pedido de Congresso extraordinário e de eleições internas no partido. O Diário de Notícias da Madeira avançava na semana passada que o órgão de jurisdição dos sociais democratas madeirenses rejeitou a realização de um Congresso extraordinário porque o requerimento de Manuel António Correia não ter as 300 assinaturas válidas exigidas pelos estatutos.
“Apesar de vivermos numa sociedade em que as perceções parecem ter mais importância que a verdade, não podemos desistir dela. Em poucos dias e na proximidade do Natal, foram recolhidas 540 assinaturas de militantes do PSD Madeira que se mostraram disponíveis para assinar o pedido de Congresso Extraordinário e eleições internas, isto para além dos muitos que disseram apoiar, mas que tinham medo de assinar. Desses 540 militantes, bem acima de 300 tinham confirmadas as quotas em dia, pelo que é falso o expediente usado pelo partido para recusar o congresso”, afirma Manuel António Correia.
O militante social-democrata diz ainda que os restantes procuraram, nessa altura, pagar as respetivas quotas, “tendo o partido, mais uma vez, impedido esse pagamento, fechando a sede, não respondendo a e-mails e telefones. Esses militantes foram pura e simplesmente impedidos de pagar, com o nítido propósito de serem invalidadas as respetivas assinaturas”.
Apesar disso, acrescenta Manuel António Correia “há a certeza de haver mais de 300 assinaturas com quotas pagas, pelo que não descansaremos enquanto não forem esclarecidas as razões de parte importante delas não terem sido consideradas”.
Manuel António Correia recorda que, desde o início deste processo, o presidente do partido [Miguel Albuquerque] “garantia que não haveria congresso, e figuras próximas dele garantiam que os órgãos do partido haverão de arranjar qualquer coisa para evitar o Congresso. Parece que assim foi, mas não pode ser”.
O social-democrata comprometeu-se, perante os militantes e toda a sociedade madeirense, a “não desistir e a exigir” que de “forma transparente, seja esclarecida a verdade, também na defesa da credibilidade e honra do partido e de todos os envolvidos”.
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