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Ex-deputado do Chega utilizava CTT da Assembleia da República para vender roupa

Miguel Arruda, que era deputado pelo Chega até ao escândalo das malas furtadas, utilizava os CTT do Parlamento para beneficiar de descontos nos selos e envelopes para o envio das encomendas em plataformas digitais.
Miguel Arruda Chega
Miguel Arruda, deputado do Chega; Imagem: ARTV
5 Fevereiro 2025, 09h33

O antigo deputado do Chega e atual deputado não inscrito, Miguel Arruda, usufruía dos CTT da Assembleia da República para enviar e vender roupa alegadamente furtada das malas que extraviava nos aeroportos de Ponta Delgada e de Lisboa, de acordo com o “Correio da Manhã”. Miguel Arruda beneficiava ainda, por ser deputado, de descontos nos selos e envelopes nestes envios, uma vez que utilizava o posto do Parlamento.

Lembrar que foram apreendidas 17 malas em casa e no gabinete que Miguel Arruda utilizava no Parlamento, em nome do Chega.

Agora, como deputado não inscrito, uma vez separado do Chega de André Ventura, o político açoriano vai ter um gabinete próprio e um orçamento de 60 mil euros que pode ser gasto em assessores e comunicação, tendo ainda direito a uma subvenção para arrendar habitação em Lisboa e descontos nas viagens para as ilhas.

Após o escândalo rebentar, Miguel Arruda colocou baixa psicológica e regressou a Ponta Delgada, indicando que o caso e as suspeitas que recaem sobre si estavam a afetar emocionalmente a sua família. “Não sei quando volto. Vou desligar o telefone”, atirou no fim de janeiro, embora o “CM” adiante que o deputado independente regresse brevemente ao continente.

Mediante o regresso, foi pedido o levantamento da imunidade parlamentar, que se deverá efetivar nos próximos dias. Só quando a imunidade parlamentar for levantada é que o antigo deputado do Chega pode ser convocado para comparecer em tribunal e ser ouvido por um juiz.

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