Mais de 270 mil alunos já testaram o formato digital em que se vão realizar as provas finais, segundo o balanço feito hoje pelo ministro da Educação que relata que a primeira semana de ensaios decorreu com normalidade.
“Temos estado a fazer a monitorização diária”, disse Fernando Alexandre, adiantando que, até ao final da manhã de hoje, mais de 270 mil alunos tinham realizado a primeira prova-ensaio para testar o formato digital em que se vão realizar as provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA) do 4.º e 6.º anos e as provas finais do 9.º ano.
Durante o mês de fevereiro, os alunos vão realizar provas em formato digital para simular as provas oficiais no final do ano letivo. O objetivo, é que se familiarizem com a plataforma eletrónica, mas também avaliar a capacidade tecnológica das escolas e identificar eventuais problemas que tenham de ser corrigidos atempadamente.
Na primeira semana dos ensaios, dedicada à disciplina de Português, foram registadas algumas falhas, segundo o ministro Fernando Alexandre que assegurou hoje que, ainda assim, o processo decorreu “com normalidade”.
“O Ministério trabalhou para isso com antecedência, criando condições para o reforço da conectividade, criando condições para a melhoria dos equipamentos informáticos, e os diretores das escolas e os professores tiveram também a fazer o seu trabalho”, afirmou o ministro da Educação, Ciência e Inovação em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia da tomada de posse do Conselho Nacional para a Inovação Pedagógica no Ensino Superior.
Reconhecendo que o formato digital é sempre suscetível a falhas, o ministro sublinhou que o objetivo destas provas-ensaio é, precisamente, “tornar o sistema o mais robusto possível para que nenhum aluno seja prejudicado”.
Fernando Alexandre recordou ainda que, no ano letivo passado, o Governo, em funções há poucas semanas, decidiu suspender as provas digitais no 9.º ano por considerar que não estavam asseguradas as condições de equidade.
“Penso que com o grande empenho dos diretores e com a disponibilidade de meios que temos dado, as condições serão reunidas para alcançar o objetivo”, antecipou o governante.
Entre os 271.036 alunos que realizaram a prova até às 12:30 de hoje, segundo dados divulgados pelo Ministério, a maioria testou o formato digital na quarta-feira (72 mil). No primeiro dia, cerca de 40 mil alunos realizaram a prova de ensaio, a que se somaram 66 mil na terça-feira, perto de 60 mil na quinta-feira e mais de 31 mil durante a manhã de hoje.
“A ocorrência de dificuldades técnicas pela aplicação em suporte digital foi residual, tendo as escolas conseguido ultrapassar essas dificuldades por si próprias na grande maioria das situações”, refere a tutela numa nota entretanto enviada à Lusa.
O Ministério está a avaliar os “casos pontuais em que essas dificuldades impediram os alunos de realizar integralmente as suas provas-ensaio”.
As provas-ensaio arrancaram com duas greves, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), às tarefas relacionadas com as provas-ensaio, que podem ir desde o trabalho de secretariado de exames, à vigilância ou classificação das provas.
De acordo com o ministro da Educação, as duas greves “não tiveram relevância”.
Depois das provas de Português, os alunos do 4.º ano serão chamados para demonstrar os seus conhecimentos de Inglês e os do 6.º de História e Geografia. Já na última semana de fevereiro, será a vez das provas-ensaio de Matemática.
As provas-ensaio, elaboradas pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), são obrigatórias e terão a duração de 45 minutos.
Apesar de não servirem para avaliação externa, as escolas poderão utilizar os resultados na avaliação interna dos alunos e, nesses casos, os resultados serão disponibilizados até ao final do mês de março.
Nessa altura, estão programadas também sessões de esclarecimento, que serão coordenadas pelo IAVE e pelo Júri Nacional de Exames.
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