[weglot_switcher]

Maior queda diária da bolsa desde 2020 corrige ganhos de mais de um ano

Os principais índices europeus registaram quedas fortes a fechar a semana. Os mercados reagiram em peso às tarifas dos EUA e à reação da China, faltando agora conhecer a reação dos EUA.
bolsa de Lisboa mercados
7 Abril 2025, 07h00

As bolsas europeias registaram correções expressivas na última sessão da semana, como não se viam desde o período pandémico.

As perdas estão ligadas sobretudo às quedas agressivas em cotadas a banca, condicionadas pelas tarifas anunciadas por Donald Trump e pela resposta da China. Por cá, o PSI seguiu no mesmo sentido e o BCP acompanhou o setor.

O único banco cotado no índice de referência de Lisboa desvalorizou 9,43% até aos 0,49 euros por ação. Só a EDP Renováveis caiu ainda mais, na ordem de 9,58% para 7,37 euros, ao passo que a Mota-Engil contraiu 7,46% e ficou-se pelos 3,128 euros.

Os CTT recuaram 5,40% até aos 7,18 euros, enquanto a Galp perdeu 5,23% para 14,41 euros. De resto, todas as cotadas encerraram no ‘vermelho’.

Entre as principais praças europeias, as descidas foram ainda mais acentuadas, sobretudo na banca. Destaque para as desvalorizações próximas de 9% no BBVA e no Santander, ambos sediados em Espanha e cotados na bolsa de Madrid.

No que diz respeito aos índices de referência, houve descidas de 6,56% em Itália, 5,77% em Espanha, 4,99% no Reino Unido, 4,66% na Alemanha e 4,26% em França. Entre os índices agregados, o Euro Stoxx 50 caiu 4,83%, ao passo que o Euro Stoxx 600 perdeu 5,12%.

As perdas estão associadas não apenas às tarifas anunciadas por Donald Trump sobre economias de “todos os países”, mediante a garantia que havia sido dada pelo presidente dos Estados Unidos. A China já deu resposta, com a promessa de tarifas de 34% às importações dos EUA. Falta ainda saber se a Comissão Europeia vai responder a estas medidas.

Outro sinal de preocupação chegou do presidente da Fed. Jerome Powell alertou para as consequências das tarifas, nomeadamente um acréscimo ao nível da inflação e a desaceleração do crescimento económico.

Ao mesmo tempo, muitos analistas estão a levantar a possibilidade de o protecionismo promovido por Donald Trump estar associado a uma intenção de fazer baixar as yields, por forma a forçar a Fed a reduzir taxas de juro diretoras.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.