As 250 maiores empresas do setor do comércio retalhista totalizaram mais de seis biliões de dólares em receitas no ano fiscal de 2023, atingindo o valor mais baixo em mais de uma década, de acordo com o estudo recente “Global Powers of Retailing 2025”, da Deloitte.
Dois nomes nacionais figuram no ranking da Deloitte: a Jerónimo Martins, que ocupa o 37.º lugar, cujas receitas consolidadas aumentaram 20,6% para 33 mil milhões de dólares, e a Sonae (138.ª posição), que viu a sua faturação subir 8,9% para 9134 mil milhões de dólares.
De acordo com o documento da consultora internacional, as receitas de seis biliões das retalhistas cresceram 3,6% em relação ao ano homólogo. Os exercícios fiscais de 2023 terminaram no dia 31 de junho do ano passado.
“Apesar do crescimento, este valor é o mais baixo registado em mais de dez anos”, indica a consultora num comunicado divulgado a propósito daquele que é um retrato anual feito pela Deloitte ao setor do comércio retalhista, grossista e de distribuição.
Os Estados Unidos lideram a lista com a Walmart a reportar receitas de cerca de 650 mil milhões de dólares (+6% em relação ao ano anterior), seguida da Amazon.com, com receitas de quase 252 mil milhões de dólares, e da Costco, com receitas de cerca de 240 mil milhões de dólares. “Quase um terço das receitas de retalho destas três empresas provém de operações no estrangeiro – 31,8% no caso da Walmart, 31,2% no caso da Amazon.com e 27,1% no caso da Costco”, refere o documento.
“Os últimos anos têm sido desafiadores para os retalhistas devido a pressões inflacionistas, à maior cautela por parte dos consumidores, aos avanços tecnológicos e à instabilidade geopolítica – fatores que levaram a um crescimento mais moderado dos principais retalhistas em comparação com períodos anteriores”, nota João Paulo Domingos, partner e Líder da indústria de Consumer da Deloitte, citado no documento.
Sobre o futuro do setor, a consultora aponta para “uma transformação significativa devido a vários fatores-chave, que incluem a necessidade de eficiência operacional, a incorporação de tecnologia de ponta, um enfoque contínuo na sustentabilidade e a procura de fontes de receita alternativas”.
“As empresas de retalho estão a navegar num ambiente económico volátil, tornando a rentabilidade um objetivo que exige um planeamento estratégico complexo e flexibilidade. Os principais retalhistas estão cautelosos quanto às suas previsões económicas, o que reflete o impacto da incerteza económica no setor”, analisa a Deloitte.
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