O grupo parlamentar de amizade São Tomé e Príncipe – Portugal reuniu-se esta sexta-feira na capital são-tomense, com as preocupações em torno das novas leis da imigração e da nacionalidade do Governo português a marcarem o encontro.
Jozino Malupane da Veiga, deputado são-tomense eleito pelo círculo eleitoral da Europa, abordou a morosidade dos processos de legalização dos imigrantes, nomeadamente das autorizações de residência, como aquela que “continua a ser a maior preocupação” da comunidade são-tomense em Portugal.
O encontro de cortesia rapidamente cresceu para um encontro de trabalho, que tocou em temas de “capital importância” para os são-tomenses. “Sobretudo no momento que vivemos da era da imigração”, sublinhou o deputado são-tomense, que reside em Portugal. De acordo com números recentes do Banco Mundial, em torno de 18% da população são-tomense emigrou nos últimos anos e mais de metade reside em Portugal.
“Nós temos muitos emigrantes em Portugal. […] As pessoas querem continuar a trabalhar, querem ter a sua mobilidade, continuar a visitar o país…”, afirmou aos jornalistas o deputado são-tomense, à margem da reunião decorrida na Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, acrescentando à lista de preocupações o acesso à habitação e as alterações recentes às regras do reagrupamento familiar.
Pronunciando-se sobre as preocupações levantadas sobre a imigração, Paulo Núncio defendeu o “grande humanismo na integração” seguido pelo Governo. “Estão neste momento, em Portugal, a acontecer debates que têm a ver com a revisão das várias leis, e nós acentuámos o ponto de que queremos, de facto, maior rigor na entrada, mas acima de tudo um grande humanismo na integração”.
O encontro de cortesia, que se proporcionou com a visita oficial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, àquele país do Golfo da Guiné por ocasião das celebrações dos 50 anos da independência de São Tomé e Príncipe, rapidamente cresceu para um encontro de trabalho, que tocou em temas de “capital importância” para os são-tomenses, “sobretudo no momento que vivemos da era da imigração”, afirmou Jozino Veiga.
O encontro de deputados são-tomenses e portugueses aconteceu no mesmo dia em que estava prevista uma sessão solene, por ocasião da celebração do 50.° aniversário da independência, que acabou por ser cancelada depois de o Presidente da República, Carlos Vila Nova, e do primeiro-ministro, Américo Ramos.
A comitiva portuguesa de deputados chegou a São Tomé nas vésperas das celebrações dos 50 anos da independência de São Tomé e Príncipe, integrada na visita oficial de Marcelo Rebelo de Sousa ao país.
Além de Paulo Núncio e de Rui Paulo Sousa, integram a delegação de deputados José Cesário, da bancada do PSD, Eduardo Pinheiro, do Partido Socialista (PS), Carlos Guimarães Pinto, da IL, Filipa Pinto, do Livre, e Alfredo Maia, do PCP.
Marcelo Rebelo de Sousa chega a São Tomé e Príncipe durante a tarde desta sexta-feira, para uma visita de dois dias na qual estará acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiro.
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