O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou que é sem perdão a “falta de respeito” do candidato europeu do PSD e CDS-PP por Portugal, ao pretender sancionar o país, depois de o ter posto sob o “jugo da austeridade”.
António Costa lançou este ataque ao candidato do Partido Popular Europeu (PPE), o alemão Manfred Weber, no final de uma longa série de intervenções no almoço comício do PS, em Mangualde, no distrito de Viseu.
Na parte final do seu discurso, o líder socialista deixou “um apelo a todos os que amam a pátria, Portugal e querem o melhor para o nosso país”.
“Não podemos ter à frente da Europa quem nos quis castigar e punir, como se a austeridade já não tivesse sido castigo suficiente para Portugal. Não podemos ter à frente da Comissão Europeia quem teve desprezo total pela pobreza que cresceu em Portugal, pelos milhares de desempregados gerados pela austeridade e pelos milhares de portugueses que foram obrigados a emigrar”, declarou.
Mas o secretário-geral do PS foi ainda mais longe no ataque ao candidato do PSD e CDS à Comissão Europeia.
“Nós não podemos perdoar. Nós nunca perdoaremos a quem, depois de nos ter posto sob o jugo da austeridade, ainda nos quis castigar. Nós não desculpamos, nós não perdoamos”, acentuou.
Na sua intervenção, António Costa respondeu também indiretamente à cabeça de lista do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, que o criticara por ter relações políticas próximas com o Presidente francês, Emmanuel Macron, contra-argumentando que o PS “não é um partido fechado na sua família politica”.
O secretário-geral do PS invocou então a sua proximidade face ao chefe de Estado francês, mais ao centro, mas também com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, este mais à esquerda.
“Queremos construir uma grande frente progressista”, sustentou, já depois de ter deixado um recado aos setores que, de acordo com o líder socialista, pensaram que o PS estava em baixo na presente campanha europeia.
“Aqueles que diziam que Viseu era o cavaquistão e que esta campanha não está a correr bem ao PS, pois é aqui, neste distrito de Viseu, em Mangualde, que nós mostramos a força, a energia e a mobilização do PS”, numa alusão às cercas de duas mil pessoas presentes no almoço comício – de acordo com dados da organização.
Ainda numa mensagem para os que entendem que os socialistas poderão estar em queda, António Costa contrapôs que, “quem diz isso, é quem não conhece o PS”.
“É quem não se recorda que este partido não nasceu na comodidade da democracia já conquistada, mas ainda na clandestinidade contra a ditadura e que, após o 25 de Abril de 1974, se forjou de novo nas ruas em defesa da liberdade e da democracia”, acrescentou.
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