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Bitcoin e criptoativos afundam com novas tarifas de Trump à China

O mercado de criptomoedas regista uma grande onda de liquidações na sequência do anúncio do Presidente dos Estados Unidos de novas tarifas contra a China. O desafio tarifário de Donald Trump ao arqui rival fez igualmente mossa nos mercados, com Wall Street a encerrar a semana em queda acentuada.
Bitcoin
11 Outubro 2025, 12h01

O mercado das criptomoedas parece ter entrado em roda livre com liquidações em massa após a ameaça de tarifas à China pelo presidente dos Estados Unidos, que teve o primeiro impacto com Wall Street a encerrar a semana em queda acentuada. A onda atingiu as maiores criptos do sector, incluindo a bitcoin e o ethereum.

“O preço da bitcoin estendeu suas perdas no sábado, caindo mais 2,3% após uma forte queda nas ações de tecnologia e ativos de risco”, avança este sábado, 11 de outubro, a plataforma financeira Investing.com.

No X (antigo Twitter) ecoa um sentimento de crash. O português Miguel Milhões, fundador da Prozis, por exemplo, escreveu o seguinte: “Nas últimas 24 horas foram liquidados 1,6 milhões de traders de crypto!! Um total recorde de 20 biliões de USD! – dez vezes mais que o segundo maior dia de liquidação!!”.

A agitação nas cripto começou esta sexta-feira de manhã quando Donald Trump avançou a possibilidade de impor novas tarifas à China em resposta ao endurecimento da exportação de terras raras e disparou após a confirmação. O Presidente anunciou que os Estados Unidos vão impor uma sobretaxa de 100% a importações da China, a partir de novembro, em resposta a medidas comerciais “extremamente hostis” de Pequim.

A partir de 01 de novembro – ou até antes, “dependendo de quaisquer ações ou alterações futuras tomadas pela China” – os Estados Unidos imporão “uma tarifa de 100% à China, para além de qualquer tarifa que estejam atualmente a pagar”, escreveu Trump na rede social Truth.

No final do dia de ontem, a Investing.com registava: “analistas relatam queda no volume de compras e aumento das ordens de proteção, enquanto o bitcoin volta a testar zonas de suporte psicológico”.  Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, citado pela plataforma financeira mantinha, no entanto, algum otimismo, falando numa “correção técnica típica após o bitcoin ter marcado um novo topo histórico”.

A possibilidade de um conflito económico prolongado entre as duas maiores economias do mundo causando estrangulamentos nas cadeias de abastecimento, relança temores de desaceleração económica, reduzindo o apetite por ativos de maior volatilidade e elevando a perceção de risco não apenas nas criptomoedas, mas também nas bolsas globais, que recuaram em bloco.


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