Sell in May and go away! Os investidores em Wall Street que seguiram o velho adágio este ano poderão estar arrependidos. Se, por um lado, tinham razões para vender, por outro ficaram de fora de uma recuperação que tem levado os índices a novos máximos históricos.
Entre o início do ano e o final de abril, o índice Dow Jones 30 subiu 14%. A 5 de maio, Donald Trump teclou no Twitter que os EUA iriam aumentar as tarifas às importações de produtos chineses no valor de 200 mil milhões de dólares de 10% para 25%. Pequim retaliou e as expectativas sobre um acordo na guerra comercial esfriaram, dando mais uma razão para os investidores venderem, levando o Dow a perder 6,69% em maio.
A reação da Reserva Federal (Fed) não tardou, com Jerome Powell a prometer, a 4 de junho, que o banco central vai agir de forma apropriada para suster a expansão económica, sinalizado um corte nas taxas de juro. Desde essa altura, com Powell a repetir a mensagem de forma frequente, o Dow Jones ganhou cerca de 10%.
“A perspectiva de cortes nas taxas tem sido um fator, porque leva a um re-rating dos mercados bolsistas”, referiu Keith Wade, economista-chefe da Schroders, referindo ainda o recuo dos EUA nas tarifas ao México e o renovar, à margem da reunião do G20, do diálogo sino-americano como suportes.
As tecnológicas são citadas pelos analistas como estando na ponta dos ganhos. “As empresas tech apresentaram-se mesmo em máximos de um ano, depois dos EUA terem levantado a proibição de negociar com a Huawei, onde as empresas norte-americanas vão poder voltar a vender produtos à empresa chinesa”, sublinhou Nuno Caetano, analista de mercados da corretora Infinox.
Os analistas são consensuais também sobre o fator chave nas próximas semanas: a atuação da Fed na reunião de politica monetária que acaba a 31 de julho vai ser preponderante para o desempenho das bolsas.
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