A compra de publicidade antecipada por parte do Estado, anunciado em abril do ano passado, foi concluído e foram concluídos 72 contratos, revelou esta terça-feira secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva.
O secretário assumiu na audição parlamentar da Comissão de Cultura e Comunicação que o todo o processo foi concluído e acompanhado pelas associações do sector. “Foram adjudicados e pagos os 72 contratos assinados entre o Estado e oito das 13 entidades detentoras de órgãos de comunicação nacional”, disse em resposta ao deputado do PSD, Paulo Rios de Oliveira.
“Duas entidades desistiram e três foram excluídas por não cumprirem as formalidades exigidas pelo código dos contratos públicos”, apontou Nuno Artur Silva.
O secretário de Estado para os Media adiantou ainda que também foram concluídos os processos aquisitivos de publicidade junto de órgãos de comunicação regional e local, junto de um total de 675 entidades detentoras. Nuno Artur Silva apontou que “não foi possível habilitar 86 entidades do total das 761 inicialmente identificadas como elegíveis”, sendo que “umas não responderam ou manifestaram desinteresse e outras não conseguirem fazer prova do cumprimento das formalidades exigidas pelo código dos contratos públicos”.
Ao longo do ano, e porque o Estado ainda pode realizar campanhas publicitárias até novembro do presente ano, o Ministério da Cultura irá continuar a monitorizar o cumprimento da publicidade colocada nos meios de comunicação.
De relembrar que a 17 de abril de 2020, a ministra da Cultura anunciou uma dotação de 15 milhões de euros para a compra de publicidade institucional em vários órgãos de comunicação. Depois de uma retificação do valor entregue aos meios, o Observador e o Eco anunciaram que não iriam receber as verbas do Governo.
Ainda assim, o grupo Impresa e a Media Capital receberam a maior fatia de publicidade, tendo sido alocado três milhões de euros a cada meio, seguindo a dona do Correio da Manhã, com uma dotação superior a 1,6 milhões de euros, a Global Notícias com mais de 1,05 milhões de euros, a Rádio Renascença com mais de 477 mil euros, o grupo Trust in News (Visão) com mais de 403 mil euros e a Sociedade Vicra Desportiva (A Bola) com mais de 327 mil euros.
Ao Público foi destinada uma verba superior a 312 mil euros, ao Observador mais de 90 mil euros, Newsplex (Sol e i) uma dotação de mais de 38 mil euros, à Megafin (Jornal Económico) mais de 28 mil euros, Avenida dos Aliados (Porto Canal) mais de 23 mil euros e à Swipe News (Eco) mais de 18 mil euros.
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