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Carris vai ter mais autocarros, motoristas e Wi-Fi

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa prevê que haja alterações já no primeiro semestre de 2017. Deste plano estratégico da autarquia constam oito medidas. “Isto não é uma modernice”, explicou Fernando Medina.
21 Novembro 2016, 15h48

A 1 de janeiro do próximo ano, a gestão e a propriedade da Carris transitam para a Câmara Municipal de Lisboa e, de acordo com Fernando Medina, as mudanças passam pela compra de mais 250 autocarros, contratação de 220 motoristas, criação de sete corredores bus e Wi-Fi gratuito nos transportes.

“Temos a consciência de que vamos necessitar de anos para recuperar o sistema de transportes”, referiu, esta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Na opinião do autarca, a Carris “foi muito maltratada em anos recentes”.

Durante a assinatura do memorando de entendimento do novo modelo de gestão da Carris, Fernando Medina anunciou oito medidas para desenvolver nos próximos três anos que darão resposta às necessidades de mobilidade dos munícipes e turistas.

O plano estratégico do qual fazem parte terá apreciação dos órgãos municipais em breve e foi elaborado a pensar no regresso da empresa de transportes “a casa” (pertencia à autarquia antes da nacionalização em 1975). Segundo o jornal “Público”, Fernando Medina vai transformar os transportes de forma “gradual” e as melhorias vão sentir-se “já no primeiro semestre de 2017”.

Sobre a nova app para consultar o tempo de espera dos transportes e o Wi-Fi nos autocarros e elétricos, Fernando Medina sublinhou que “isto não é uma modernice”. “É um elemento essencial da credibilidade do transporte público”, acrescentou.

Entre as medidas hoje anunciadas estão os passes gratuitos para crianças com idades compreendidas entre os quatro e os 12 anos e de passes com um valor de 15 euros por mês para os reformados com idade a partir dos 65 anos.

Além disso, a Câmara Municipal de Lisboa vai adquirir 250 novos autocarros, o que se refletirá num “aumento líquido da frota superior a 10%” e numa “redução da idade média da frota de 12 para dez anos”, conforme explicou o autarca na cerimónia.

Para colmatar a falta de recursos, Fernando Medina realçou que vão proceder à contratação de 220 motoristas e criar 21 novas linhas para “unir os pontos centrais de um bairro, de uma freguesia, de um conjunto de freguesias próximas”. Em relação aos corredores bus “de alto desempenho”, o presidente da Câmara esclareceu que vão ser sete. Pretende-se que haja “segregação especial de vias, redução de obstáculos, semaforização prioritária ou outras soluções”.

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