No Auditório da Fundação de Serralves, na Rua D. João de Castro, n.º 210, no Porto, às 10 horas de hoje, realiza-se a Assembleia Geral do BPI. Esta é a magna reunião acionista que decide a saída do histórico presidente executivo (durante 13 anos), Fernando Ulrich, e a entrada do espanhol Pablo Forero, do CaixaBank, para o seu lugar.
Fernando Ulrich será a partir de amanhã, dia em que faz 65 anos, o Chairman do BPI, lugar até hoje ocupado por Artur Santos Silva, fundador do banco e que por sua vez passa a presidente honorário e a presidente de uma nova comissão do Conselho de Administração dedicada à responsabilidade social.
Mais do que uma sucessão geracional, que marcou as mudanças de presidentes históricos de bancos, por exemplo no BCP (quando Jardim Gonçalves saiu e deixou no seu lugar Paulo Teixeira Pinto), ou mesmo no próprio BPI quando Artur Santos Silva deixou a presidência executiva a Fernando Ulrich, e que chegou a discutir-se no desaparecido BES, quando Ricardo Salgado era presidente, no BPI é a mudança de nacionalidade que marca a sucessão de liderança no banco. O banco é agora controlado pelo CaixaBank e essa realidade tenderá a impor-se gradualmente. É legítimo perguntar até quando a marca BPI se manterá? Tendo em conta que é uma excepção dado o histórico de aquisições do banco catalão. Mas é, ainda assim, uma incógnita.
Esta é, portanto, a AG que vai eleger os novos órgãos sociais do BPI já a refletir o domínio quase integral do banco catalão, pois desde o início de fevereiro que o CaixaBank passou a deter 84,5% do capital do banco português. A Allianz tem 8,425%.
Tal como era esperado, será extinta a limitação estatutária de administradores executivos não poderem ter mais do que 62 anos, ou não poderia ser nomeado o administrador António Farinha de Morais. Nos órgãos sociais, destaque para o facto de saírem da equipa de gestão Maria Celeste Hagatong e Manuel Ferreira da Silva. Além do CEO Pablo Forero, a Comissão Executiva, que emana do Conselho de Administração, conta com José Pena do Amaral, Pedro Barreto, João Oliveira Costa, Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Francisco Manuel Barbeira, Ignacio Alvarez Rendueles e Juan Ramon Fuertes. O número máximo de membros da Comissão Executiva vai passar de nove para onze.
Em relação ao Conselho de Administração proposto pelo CaixaBank é de notar que para além de Fernando Ulrich (presidente) e de Pablo Forero (vice-presidente), mantém-se António Lobo Xavier (vice-presidente), e entram: Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Carla Bambulo, Francisco Manuel Barbeira, Gonzalo Gortázar, Ignacio Alvarez Rendueles, Javier Pano. Mantendo-se João Oliveira Costa, José Pena do Amaral, Juan Antonio Alcaraz, Juan Ramon Fuertes, Lluis Vendrell, Pedro Barreto, Tomás Jervell e Vicente Tardio.
Saem Armando Leite de Pinho, Carlos Moreira da Silva e Mário Leite da Silva.
Na AG será ainda eleito o advogado da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro, como presidente da Mesa. Na agenda está também a fixação das remunerações dos administradores.
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