“Logo que outubro venha, procura lenha”. O ditado popular aplica-se em várias vertentes. No próximo mês, as quatro maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo – Ernst & Young (EY), Deloitte, KPMG e PricewaterhouseCoopers (PwC) – vão começar a recrutar os seus novos recursos para iniciarem funções em 2018. Outubro é por excelência a data de arranque do processo de recrutamento anual para a entrada de new joiners nas firmas.
A EY tem desde o passado dia 5 mais uma centena de novos talentos e, em outubro, regressa à estrada para encontrar mais 200 recém-graduados ou finalistas nas universidades nacionais. “São muitos e por isso temos que começar desde já a trabalhar com as universidades”, explica ao Jornal Económico a diretora de Talent Team da EY, Margarida Dias. A consultora espera vir a contratar mais 15 profissionais para as áreas financeiras e de Reporting & Controling, estes já com experiência.
O número de vagas está diretamente associado à evolução do negócio e as competências pessoais dos candidatos são o foco predominante na avaliação de perfis na firma. “A seleção é feita tendo em conta critérios de diversidade, diferente background académico, ao contrário do que era feito antigamente, quando o nosso foco de procura se centrava na Economia, Gestão, Finanças e Direito”, enfatiza. Na generalidade, a avaliação dos candidatos demora entre duas a três semanas, mas a porta-voz da consultora adianta que têm vindo a estruturar o processo para que possa ser feito da forma mais rápida possível.
A KPMG Portugal anunciou no dia 12 de setembro que vai contar com mais de 200 novos colaboradores nas equipas de Audit & Assurance, Tax, Management & Risk Consulting, Deal Advisory e IT Advisory. Os recém-licenciados colocados têm licenciaturas e mestrados em Economia, Gestão, Contabilidade, Engenharia, Direito, Informática, entre outros cursos superiores.
A Deloitte está a pensar contratar para 2018 cerca de 200 recém-graduados e 100 profissionais com três a cinco anos de experiência para a tolidade das áreas de negócio. Segundo Gonçalo Simões, partner & recruitment leader da consultora, os licenciados em Matemática, Física ou Engenharia Aeroespacial sãõ os novos talentos mais procurados. “Estamos a valorizar mais o potencial da pessoa e as competências analíticas”, refere.
A rentrée da PwC também vai ser marcada pelo início do recrutamento para todas as áreas. O processo estende-se por um período aproximado de cinco meses e é constituído por quatro fases (testes psicotécnicos, dinâmicas de grupo, entrevista inicial e final). “Neste momento, a PwC está a recrutar com bastante intensidade perfis tecnológicos, com e sem experiência, para integrar as equipas de Advisory. Nas áreas de Assurance e Tax existem também oportunidades abertas para perfis com experiência”, diz ao semanário Maria Torres, líder de capital humano da PwC Portugal, Angola e Cabo Verde.
Só este ano foram contratados 173 recém-graduados, que estão a ser integrados nas equipas. “O número de vagas é definido anualmente, tendo em conta a evolução de cada negócio e as áreas de investimento da firma. O ano de 2017 apresentou um número de vagas significativamente superior ao verificado no ano de 2016 (85)”, frisa a responsável da consultora presidida por José Bernardo.
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