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Bloco de Esquerda propõe alargar âmbito dos contactos suspeitos para reforçar testagem à Covid-19

O partido está a preparar uma iniciativa legislativa com medidas concretas sobre a testagem à Covid-19 que será apresentada ainda esta semana no parlamento, disse esta terça-feira o deputado bloquista Moisés Ferreira. “Reforçar a própria capacidade do SNS através de equipas comunitárias para testar em determinados locais, como escolas ou locais de trabalho”, sugere ainda.
António Cotrim/Lusa
23 Março 2021, 15h37

O Bloco de Esquerda (BE) está a preparar uma iniciativa legislativa com medidas concretas sobre a testagem à Covid-19 que será apresentada ainda esta semana no parlamento, disse esta terça-feira o deputado Moisés Ferreira. O objetivo do partido é alargar o número de testes ao vírus e a capacidade de resposta.

O bloquista diz que a conclusão a retirar da reunião do Infarmed, que se realizou esta manhã, é que é preciso apostar na testagem massiva no país sob pena de se perder novamente o controlo da pandemia. “Precisamos de manter a testagem lá em cima, bem naquilo que é a capacidade e o esforço de testagem que o país tem”, advertiu Moisés Ferreira, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.

“Ainda estamos a preparar o projeto, mas talvez [inclua] considerar alargar os casos suspeitos, de contactos suspeitos, quando há um caso positivo, reforçar a própria capacidade do SNS através de equipas comunitárias para testar em determinados locais, como escolas ou locais de trabalho”, exemplificou o deputado do BE.

O risco de transmissibilidade (Rt) da doença tem vindo a aumentar, por causa do alívio das restrições, e a média nacional, a cinco dias situa-se atualmente nos 0,89, comparativamente ao período da última reunião dos especialistas de saúde pública, quando o indicador se encontrava nos 0,74.

“Está a acontecer o que é expectável que acontecesse. Aquilo que se espera que possa vir a acontecer nos próximos tempos, com o desconfinamento gradual como está previsto, é o aumento da mobilidade da população, o que provavelmente se refletirá também no aumento dessa transmissibilidade. E isso associado a uma maior prevalência da variante do Reino Unido, mais contagiosa”, lembrou.

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