Tudo vai depender da justiça brasileira, mas, para já, a verdade é que o antigo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que ocupou o Palácio do Planalto durante oito anos, até 2011, é o principal favorito a vencer as eleições que deverão realizar-se a 2 de outubro de 2018.
Só que a mera possibilidade de Lula da Silva ser candidato está nas mãos da justiça, num processo com desfecho previsto para 24 de janeiro, quando o tribunal de apelação reapreciar a condenação de que o histórico dirigente foi alvo.
O ex-Presidente foi acusado, julgado e condenado em primeira instância, pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais, no âmbito do mega-processo Lava Jato. A Justiça acredita que Lula terá recebido um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, entregue pela construtora OAS, por alegados benefícios em contratos com a petrolífera Petrobrás. Foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão. O ex-presidente nega tudo.
A defesa de Lula da Silva recorreu da decisão para o Tribunal Regional Federal em Porto Alegre, onde o processo foi visto por um relator, que o enviou para um juiz. Agora, a 24 de janeiro, os desembargadores decidirão se rejeitam ou aceitam o recurso ou, ainda, se modificam os termos da condenação.
Se a sentença do juíz Sergio Moro definida na primeira instância for confirmada em segunda instância, a candidatura de Lula da Silva não se concretizará, devido à Lei da Ficha Limpa, que estabelece que quem for condenado por um tribunal colegial não pode ser candidato durante oito anos, mesmo que a decisão judicial seja passível de recurso.
As notícias publicadas nas últimas semanas indicam que o próprio PT considera muito possível uma confirmação da sentença e pondera, por isso, boicotar as eleições presidenciais.
Se até 15 de agosto, fim do prazo da apresentação das candidaturas, o tribunal não confirmar a condenação do antigo Presidente, Lula poderá submeter a candidatura para análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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