O Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) está a investigar o que se passou com o paciente que adoeceu nos testes da vacina da Astrazeneca e demonstra-se “preocupado” com a possibilidade da vacina não ser fiável, avançou a “CNN” esta terça-feira, 15 de setembro.
“Os níveis mais altos do Instituto Nacional de Saúde estão muito preocupados”, garantiu Avindra Nath, diretora clínica da divisão de doenças neurológicas do NIH . “As esperanças de todos está em uma vacina, e se existir uma grande complicação, a coisa pode descarrilar”, alerta Avindra Nath.
Uma nuvem de incerteza paira sobre o que aconteceu ao paciente não identificado, para a frustração daqueles que acompanham avidamente o progresso dos testes da vacina. A AstraZeneca, que está a realizar os testes globais da vacina produzida com a Universidade de Oxford, disse que o voluntário do teste recuperou de uma inflamação grave na espinal medula e já não está hospitalizado.
A AstraZeneca não confirmou que o paciente sofria de mielite transversa, um distúrbio neurológico da medula, mas Avindra Nath acredita que é este o caso. A mielite transversa produz um conjunto de sintomas que envolvem inflamação ao longo da espinal medula e pode causar dor, fraqueza muscular e paralisia.
A AstraZeneca “precisa ver de outra perspetiva uma possível complicação de uma vacina que será dada a milhões de pessoas”, frisou Avindra Nath acrescentando que o NIH gostaria “de ajudar, mas a falta de informação faz com que seja difícil fazê-lo.”
O órgão regulador de medicamentos do Reino Unido analisou o caso e permitiu que o estudo fosse retomado no país. Nos EUA, o FDA ainda está a avaliar se segue o exemplo dos britânicos e recusou-se a comentar sobre quanto tempo levaria para decidir se vai seguir em frente com a vacina.
Qualquer decisão sobre a continuação do ensaio é complexa uma vez que é difícil avaliar a causa de uma lesão rara que ocorre durante o ensaio de uma vacina, mas também porque cientistas e autoridades de saúde têm de pesar o risco dos efeitos colaterais incomuns contra uma vacina que pode conter a pandemia. Contudo, se ficar determinado que a lesão no voluntário da Astrazeneca foi causada pela vacina, o FDA poderá interromper os testes.
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