A Inteligência Artificial vai permitir aumentos significativos de produtividade na banca, a par de uma gestão mais eficaz do risco e de novas oportunidades de negócio. Mas o roadmap para a implementação da IA deve passar por um processo de transformação de toda a organização, com vários potenciais obstáculos
Neste debate promovido pelo JE vai ser discutida a geração de valor que a IA poderá ter na banca de retalho, no corporate banking e na gestão de risco, seja a nível de soluções tradicionais de automação e de analítica seja através de tecnologias mais avançadas e IA generativa.
“Dentro do sistema financeiro vai haver redução de pessoas e alteração profunda dos perfis e ainda bem que assim é, porque isso vai satisfazer acionistas, mas sobretudo vai colocar essas pessoas no mercado e é preciso que pessoas da banca vão para as empresas”, defendeu o gestor.
“O BPI decidiu que a IA devia ter prioridade sobre o negócio e que era um projeto para fazer em escala, ou seja, transformar o banco todo. Obviamente que isto não acontece de um dia para o outro”, referiu Ricardo Chaves.
Rui Gonçalves considera, numa conferência organizada pelo JE em que se debateu o potencial da IA na banca, que “se conseguirmos servir mais clientes com menos custo, por exemplo, estamos a gerar valor para o acionista. É preciso definir como é que isso vai ser medido”.
Os dados da banca podem ser usados para desenvolver “novos serviços e novos modelos de negócio”, segundo Maria Antónia Saldanha. O potencial da Inteligência Artificial no sector bancário esteve em debate esta quarta-feira na conferência do JE que decorreu em Lisboa.