Durante a minha investigação, deparei-me com um consenso tão surpreendente quão promissor: o reconhecimento coletivo do caráter corrosivo e destrutivo do compadrio e das cunhas. Este consenso raro abre uma oportunidade única para agir, desde que surjam líderes à altura da responsabilidade que tal desafio exige.
Estando os palestinianos de mãos atadas, qualquer solução política que permita uma convivência pacífica só pode ser obtida por pressão diplomática junto do Estado de Israel. E se parece impossível pedir essa pressão aos EUA, o mesmo não se deveria verificar na UE.
O reacendimento do conflito israelo-palestiniano trouxe as guerras existenciais para a ordem do dia. Porém, a guerra existencial que mais nos deve alarmar é a que emerge em solo europeu.
Faz falta voltar à história, ao começo de tudo, à raiz do problema. Voltar à história não tem de ser obrigatoriamente pegar num ensaio histórico ou numa investigação histórica, embora em muitos dos casos, também valha a pena.
Para pensar o mundo contemporâneo e as atuais convulsões, sobretudo, na Ordem Internacional, mas também as graves turbulências vividas por diversas sociedades, resolvi revisitar o século XIX para pensar esse mundo.
Todos reconhecem que um sistema educativo de qualidade é uma precondição para o crescimento económico e social, mas é mais difícil estabelecer o que significa e como deve ser medida a “qualidade”.
Graeber e Wengrow propõem uma teoria social ancorada em três “liberdades primordiais”: liberdade de movimento, de desobediência, e de criar ou transformar relações sociais, por sua vez ameaçadas por três formas elementares de dominação e exercício de poder.
As famílias delegam cada vez mais as suas funções primordiais a terceiros, colmatando os restantes momentos livres da «criança-rei» com a impiedosa exposição a vários ecrãs.