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19% do PIB. Setor automóvel em Portugal diz-se ignorado pelo Governo e exige medidas específicas

O setor automóvel representa 19% do PIB, 25% das exportações de bens transacionáveis e emprega duzentas mil pessoas. Setor diz-se ignorado pelo Governo, com as empresas a exigirem um regime de lay-off mais célere, um plano de incentivo ao abate, e que os veículos de pronto-socorro e as oficinas sejam considerados setores essenciais, no caso de ser declarado estado de emergência.
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18 Março 2020, 15h30

O setor automóvel em Portugal veio a público exigir ao Governo um “plano específico de apoio”para enfrentarem a crise do coronavírus.

O documento é assinado pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) e Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN).

Este setor representa 19% do PIB nacional, 25% das exportações de bens transacionáveis e emprega diretamente 200 mil trabalhadores.

” As associações signatárias, solicitam ao Governo  que sejam tomadas medidas urgentes que passam, entre outras, pela criação de uma linha de crédito específica para as empresas deste setor, o que não foi considerado, surpreendentemente, na apresentação de hoje efetuada pelo Governo, sobre as medidas económicas”, pode-se ler no comunicado.

As medidas propostas incluem, a “alteração do regime de lay-off, de modo a permitir o acesso imediato a este regime para as empresas que tenham tido uma quebra de facturação superior a 40% nos últimos trinta dias, ou comparativamente com a do mês homólogo do ano anterior  e deveria, ainda, resultar claro deste regime a possibilidade de lay-off parcial  e, ainda, pela alteração do regime de férias de modo a permitir , desde já, a sua marcação”.

O setor também defende, tal como em 2009, a implementação de um “plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, com o objectivo de renovar o parque automóvel e permitir às empresas uma saída gradual da crise”.

Em terceiro, o setor automóvel também pede que “com a possível declaração do estado de emergência, pedimos que a actividade de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro e o setor de assistência e reparação automóvel sejam considerados sectores essenciais, dado que são imprescindíveis para a manutenção da segurança dos cidadãos”.

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