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Consumidores dispostos a mudar hábitos alimentares para combater alterações climáticas

De acordo com um estudo da ConsumerChoice, 41% dos inquiridos ponderam introduzir mudanças na alimentação.
14 Outubro 2024, 15h57

A ConsumerChoice divulgou, esta segunda-feira, um estudo sobre as tendências de consumo alimentar que revela que 41% dos consumidores estão dispostos a mudar os seus hábitos alimentares para combater as alterações climáticas.

“No geral, o preço dos alimentos (26%) é o fator que mais influencia as escolhas alimentares dos entrevistados, seguindo-se o impacto na saúde (23%) e o sabor e prazer (18%). Por outro lado, a sustentabilidade ambiental (4%) e influências externas, como amigos e redes sociais (3%), têm um peso reduzido nas decisões dos consumidores”, indica o estudo.

Segundo a ConsumerChoice, “grande parte dos participantes demonstra ter algum interesse em experimentar alternativas alimentares, sendo que 24% já experimentou ou esteve prestes a fazê-lo. Em contrapartida, 27% dos entrevistados mostraram-se bastante interessados, apesar de não terem experimentado ainda este tipo de comida”.

“Questões como o preço elevado (24%) e a desconfiança em relação ao sabor (19%) são consideradas pelos inquiridos como as principais barreiras para a adoção de alternativas alimentares, desde alimentos à base de plantas ou proteínas cultivadas”, destaca nesse relatório.

No que diz respeito ao tipo de dieta alimentar praticada, “a alimentação tradicional é a mais comum e 45% afirma seguir este tipo de dieta. A segunda mais popular é a dieta mediterrânica (26%), enquanto as dietas vegetarianas, veganas e flexitarianas têm uma presença menor”.

Quanto ao futuro da alimentação em Portugal, “quase metade dos inquiridos (42%) acredita que as tradições alimentares irão prevalecer com algumas adaptações. Em oposição, 19% expressa preocupação com o rumo da indústria alimentar e 17% prevê um aumento significativo no consumo de alimentos à base de plantas”.

“Quando questionados sobre a relação emocional que têm com a comida, 35% descreve o ato de comer como uma experiência de prazer e conforto. 29% dos inquiridos associam ainda a alimentação à saúde e bem-estar. Apenas 8% sente culpa por não fazer escolhas alimentares mais saudáveis ou sustentáveis no seu dia-a-dia”, sublinha o mesmo estudo.

 

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