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A digitalização na banca e seguros – Áreas de oportunidade e de preocupação

A transformação digital no sector da banca e seguros é já uma realidade e tem tido expressão em diversas iniciativas que revelam uma mudança estruturante na forma como vemos e usamos a banca e os seguros. Caminharemos para a extinção do negócio tradicional de banca e seguros ou para uma nova forma de fazer negócio? […]
26 Abril 2019, 00h00

A transformação digital no sector da banca e seguros é já uma realidade e tem tido expressão em diversas iniciativas que revelam uma mudança estruturante na forma como vemos e usamos a banca e os seguros. Caminharemos para a extinção do negócio tradicional de banca e seguros ou para uma nova forma de fazer negócio? Parece que o caminho que o sector financeiro pretende trilhar aproxima-se da procura de novos mecanismos de comunicação traduzidos em plataformas online e oferta de produtos tradicionais de uma forma mais rápida e eficiente, procurando adaptar-se a uma nova realidade económico-social. Potencia-se a facilidade de acesso a qualquer produto do sector financeiro com a recolha mínima de dados procurando reduzir os aspetos burocráticos que tradicionalmente emperram a concretização das operações. Mas será que essa transformação digital que assistimos diariamente nos nossos computadores e telemóveis é reflexo de uma reorganização estrutural de todo o sector financeiro ou trata-se apenas de uma máscara visível de uma estrutura ainda pesada e assente em processos e procedimentos tradicionais em que a transformação digital ainda não teve oportunidade (ou possibilidade) para ocupar o seu lugar? Será que as funções que suportam a atividade de cada entidade do sector financeiro caminham lado a lado com as áreas que levam o negócio aos seus clientes ou as instituições financeiras caminham a duas velocidades? De facto, também as áreas de suporte de qualquer instituição financeira apresentam desafios importantes de transformação digital para acompanhar a face mais visível para o público em geral, de modo a que seja possível endereçar as necessidades e oportunidades com que o sector financeiro se defronta atualmente. Neste aspeto, e concretamente no que se refere às funções em que a área fiscal assume particular relevância, importa dotar as entidades de ferramentas e recursos tecnologicamente evoluídos para fazer face às, cada vez mais, exigentes demandas dos diferentes “utilizadores” da informação de natureza fiscal que processam. É certo que as instituições financeiras já processam esta informação, e dispõem de mecanismos apropriados para o seu tratamento, mas não é menos verdade que muitos desses processos foram implementados numa fase anterior ao início da transformação digital no sector financeiro, e foram sendo adaptados à medida das necessidades, de forma reativa a cada alteração legislativa. Esta nova era é assim uma oportunidade também, para a transformação digital estrutural das funções de suporte do sector financeiro, com o objetivo de minimização dos custos e maximização da eficiência das tarefas de tratamento de informação de natureza fiscal, permitindo, em simultâneo, dotar estas áreas de ferramentas analíticas para um maior controlo sobre a crescente quantidade de informação fiscal que, hoje em dia, as instituições financeiras são obrigadas a processar.

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