O Net.mede realizou no ano passado 663 mil testes à velocidade da internet, com uma média diária de 1.818 testes, menos 11% face a 2022, divulgou na sexta-feira a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Do total de testes realizados em 2023, quase dois terços (65%) foram realizados em acessos fixos nacionais, enquanto 26% em acessos móveis.
A maior parte dos testes foi realizada entre as 10:00 e as 11:00 e as 15:00 e as 16:00, explica a Anacom, que reporta que “foram apurados testes de velocidade associados a acessos fixos residenciais e acessos fixos móveis em quase todos os concelhos de Portugal (307 e 306 concelhos, respetivamente)”.
As regiões da Área Metropolitana de Lisboa e o Norte tiveram os maiores números de testes, tendo Lisboa sido o concelho com maior número de testes à velocidade no ano em análise nas duas modalidades, enquanto Sintra foi o segundo município com mais acessos fixos residenciais e o Porto o ‘vice’ nos testes em acessos móveis.
Com base nos resultados divulgados anteontem, os acessos fixos residenciais tiveram aumentos das velocidades de ‘download’ (descarga) e ‘upload’ (carregamento) na ordem dos 46% e 31%, para 158,0 e 94,0 mega-bits por segundo (Mbps) e respetivamente, face a 2022.
Os testes na rede móvel concluíram subidas de 12% tanto na velocidade de ‘download’ como na velocidade de ‘upload’, que se cifraram em 17,0 Mbps e 8,0 Mbps.
A latência, que diz respeito ao tempo para os dados fazerem a ligação entre um computador e um servidor e o caminho de volta, manteve-se em cerca de 13 milissegundos nas redes fixas residenciais e baixou 3%, para 36 milissegundos, nas redes móveis.
A Anacom alerta, no entanto, que os resultados dos testes dos acessos com ligação à rede móvel seriam melhores “caso se considerassem somente os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel realizados na ‘app'” ou “caso se observassem somente os testes realizados na ‘app’ especificamente na rede móvel 5G”.
Sobre os resultados, o regulador para as telecomunicações sugere que esta evolução nas redes fixas “poderá refletir a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas” e nas redes móveis a realização de testes na rede 5G.
Por sua vez, a evolução do número de testes tem demonstrado a atenuação do efeito da pandemia. Em 2020 e 2021, os anos com maior impacto da covid-19 em Portugal, a plataforma da Anacom registou, respetivamente, 1,4 milhões e 1,2 milhões de testes à velocidade da internet.
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