O Ministério da Saúde voltou a adiar as negociações com os médicos, desta vez para terça-feira, 31 de outubro. Com este adiamento, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) defende que o acordo “terá de ser convincente e não pode defraudar as expectativas dos médicos e da população”.
De relembrar que as negociações entre os sindicatos dos médicos e o Ministério da Saúde se iniciaram em 2022 e se têm prolongado durante este ano, com a tutela de Manuel Pizarro a não corresponder aos pedidos dos profissionais de saúde.
“Tem que haver vontade política em resolver a situação catastrófica que se vive no SNS, com encerramento dos SU de adultos, pediatria e obstetrícia por todo o país”, sustenta o comunicado da FNAM.
Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, aponta que o ministro da Saúde reconhece “as soluções que os médicos reivindicam, e sabe que qualquer perda de direitos, que coloque médicos e doentes em risco, será recusada liminarmente pela FNAM”.
“Por outro lado, se o primeiro-ministro afirma que o problema do SNS não é financeiro, impõe-se a atualização salarial com um aumento de 30% em conformidade com a nossa responsabilidade, e que não esteja associado a mais horas de trabalho e a uma flexibilidade do horário que obriga a que o médico esteja sempre disponível, em total destruição do direito ao descanso e a ter vida pessoal e familiar, como consagrados na Lei da República Portuguesa”, adianta.
Para já, o Ministério da Saúde concordou na reposição do horário semanal de 35 horas para todos os médicos que o desejam e de 12 horas semanais nos serviços de urgência. Estas eram duas reivindicações dos sindicatos.
Outro pedido era o aumento salarial em 30%, que serve para compensar as perdas de rendimentos dos últimos anos e a subida da inflação. Este foi a única reivindicação que ficou por acordar após a reunião de nove horas no domingo.
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