A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) entrou em funcionamento há um ano e já regista mais de 1.700 reclamações no Portal da Queixa, espelhando descontentamento e baixos indicadores da sua performance, herdados ainda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF).
O principal problema da agência, que aporta 53% das reclamações registadas no portal, é a obtenção de documentos por parte de cidadãos estrangeiros. Segue-lhe a dificuldade de agendamento, que o Governo tem tentado mitigar nas últimas semanas após várias queixas, nomeadamente com a abertura de mais de uma dezena de centros de atendimento para imigrantes.
Em comparação com o SEF, a entrada da AIMA em funcionamento fez com que os cidadãos reportassem uma diminuição de satisfação da atuação da agência. Os dados recolhidos pelo Portal da Queixa mostram mesmo que a transição entre agências levo a que a satisfação recuasse 24,9%.
As dificuldades com o agendamento de serviço na AIMA motivaram 14,4% das participações e os problemas com a entrega de documentos (onde há relato de extravios), somam a mesma fatia (14,4%). Já a dificuldade de contacto com o organismo, referentes à dificuldade em falar com um funcionário da AIMA, originou 12,1% das queixas.
Já os problemas na utilização da plataforma online concentram 3% das reclamações. Os cidadãos estrangeiros descrevem dificuldades com o login, indisponibilidade da plataforma e ainda dificuldade para recuperar a password.
A análise à evolução do Índice de Satisfação desde a entrada da AIMA retrata uma queda mais acentuada entre fevereiro e março de 2024. Atualmente, a agência apresenta um índice de satisfação de 15.3 em 100, com uma taxa de resposta de 14,5% e uma taxa de solução de 15,2%.
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