A confiança dos agentes económicos alemães subiu marginalmente em outubro, embora de forma insuficiente para deixar antever alterações significativas na economia real do motor europeu. O índice Ifo subiu de 86,9 em outubro para 87,3 em novembro, falhando assim as expectativas do mercado apesar de registar a segunda subida consecutiva.
A previsão do mercado apontava para uma subida ligeiramente mais expressiva até aos 87,5, o que também manteria o indicador em terreno de descida da confiança. Decompondo o índice, a avaliação da situação atual melhorou 0,2 pontos até 89,4, enquanto as expectativas de curto prazo quanto ao ambiente de negócios subiram 0,4 pontos para 85,2.
Foi o segundo mês consecutivo de subidas no índice e nos seus dois componentes, embora tímidas e insuficientes para deixarem antever melhorias significativas na situação da maior economia da zona euro. É, ainda assim, o valor mais alto para o indicador desde julho, marcando bem a crise de expectativas e confiança dos agentes alemães.
Perante os dados, a generalidade dos analistas aponta para a manutenção de uma economia estagnada ou numa recessão pouco profunda, em linha com o que os dados do crescimento mais recentes têm vindo a apontar. Pressionada por custos emergentes e uma procura externa fraca, a economia alemã recuou 0,1% em cadeia no terceiro trimestre, ou 0,4% em termos homólogos, estando em linha para novo trimestre de recuos no PIB.
Perante este cenário, o banco ING argumenta que o risco de uma recessão no total de 2023 é agora maior, ainda que a quebra seja pouco expressiva. A confirmar-se, será a primeira vez desde o início dos anos 2000 em que a Alemanha regista dois anos consecutivos de recessão.
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