[weglot_switcher]

Amazon e Walmart alteram política de devoluções e vão permitir que os clientes fiquem com alguns produtos

Quando o processamento da devolução não compensa as empresas, a solução passa por permitir que o cliente fique com o que comprou, instando-o a doá-lo caso não o vá utilizar por não estar satisfeito. A estratégia foi, sem surpresa, impulsionada pela pandemia de Covid-19, que fez disparar as compras online.
15 Janeiro 2021, 13h22

Através de um algoritmo de inteligência artificial, dois dos maiores gigantes do comércio eletrónico – Amazon e Walmart, vão permitir que os clientes fiquem com alguns dos produtos que pretendem trocar. A nova política baseia-se no facto de o custo da gestão da devolução ser superior ao do reembolso no caso de artigos baratos e volumosos, segundo o “El Economista”.

Quando o processamento da devolução não compensa as empresas, a solução passa por permitir que o cliente fique com o que comprou, instando-o a doá-lo caso não o vá utilizar por não estar satisfeito. A estratégia foi impulsionada pela pandemia de Covid-19, que fez disparar as compras online.

De acordo com o “The Wall Street Journal”, a Amazon e o Walmart estão a usar a inteligência artificial para decidir se processam uma devolução ou permitem que o cliente fique com o produto. Porta-vozes do Walmart afirmaram que, além de pesarem fatores como o tamanho e o preço do produto, o sinal verde para ‘dar’ o produto ao cliente baseia-se na probabilidade de revenda e no histórico de compra do utilizador que solicita a devolução. Se a probabilidade de revenda do item for baixa, e caso seja um cliente regular, que continuará a fazer outras compras, a empresa optará pela nova posição de não exigir a devolução física do produto.

Nos três primeiros trimestres de 2020, a gigante do comércio eletrónico, Amazon, obteve um lucro líquido de 14,1 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões de euros), um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas até setembro foram de 260,5 mil milhões de dólares (215 mil milhões de euros), 35% a mais do que o registado em 2019 até à mesma data.

Justamente devido ao aumento nas compras online, nos EUA as devoluções cresceram 70% em relação a 2019. Somente a última campanha de Natal mobilizou no país três mil milhões de embalagens, com previsão de devolução de 23%. A FedEx, a maior empresa de transporte comercial da América do Norte, está a preparar-se para um recorde de devoluções nos últimos seis meses.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.