O primeiro-ministro demissionário, António Costa, admitiu ter consciência que nunca haverá qualquer solução que gere unanimidade relativamente à localização do novo aeroporto.
O governante acrescentou que “qualquer das soluções” que se encontre para a localização do novo aeroporto “não terá mais de 20% de apoiantes” pelo que haverá “80% de opositores”.
Face a este cenário admitido por Costa, o governante considerou que era preciso acordar uma metodologia para dar “segurança ao decisor político”, numa decisão que terá consequência a longo prazo para o país.
Costa disse também que atualmente “existe consenso” sobre a necessidade de aumentar a capacidade aeronáutica e que o atual aeroporto está esgotado.
O primeiro-ministro português considerou que é preciso respeitar as decisões técnicas da Comissão Técnica Independente (CTI), mas salientou que o decisor político tem a liberdade para alterar aqueles que são os factores críticos que vão suportar aquela que será a decisão sobre o novo aeroporto.
“A decisão final pode-se alterar”, disse Costa, ou seja, admitiu a hipótese de a decisão política ser diferente relativamente às conclusões da Comissão Técnica Independente.
Costa alertou que o decisor político tem “outras condições”, para ponderar onde ficará localizado o novo aeroporto, “para além da questão técnica”.
A Comissão Técnica Independente considerou que a solução mais viável para o novo aeroporto seria Alcochete através da combinação Aeroporto Humberto Delgado + Campo de Tiro de Alcochete.
Esta opção prevê duas pistas, com a capacidade para 80 movimentos por hora e possibilidade de expansão até quatro pistas. 5.550 pessoas expostas ao ruído. Fica a 40 kms de Lisboa, cerca de 40 minutos de distância.
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