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Apenas 64 dos 77 deputados permitidos vão marcar presença na sessão solene do 25 de Abril

Em conferência de líderes, tinha ficado acordado que a cerimónia poderia decorrer com apenas um terço dos deputados (77), mas os partidos já anunciaram que vão reduzir ainda mais o número de presenças para que as distâncias recomendadas sejam cumpridas.
  • Cristina Bernardo
21 Abril 2020, 12h42

Apenas 64 deputados vão marcar presença na sessão solene do 25 de Abril que vai decorrer no próximo sábado na Assembleia da República, com limitações devido à pandemia da Covid-19. Em conferência de líderes, tinha ficado acordado que a cerimónia poderia decorrer com apenas um terço dos deputados (77), mas os partidos já anunciaram que vão reduzir ainda mais o número de presenças para que as distâncias recomendadas sejam cumpridas.

O Partido Socialista (PS) já anunciou que apenas 22 deputados socialistas vão marcar presença no hemiciclo. A líder do grupo parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, diz que o partido podia levar à sessão 36 deputados, mas vai optar por levar apenas um quinto da bancada, tal como tem acontecido nos outros plenários. À Lusa, Ana Catarina Mendes disse que “todos os outros deputados devem seguir as comemorações do 25 de Abril pela via que se pede a todos os portugueses: via televisão ou online”.

Já o Partido Social Democrata (PSD) pode levar até 27 deputados. Embora admita a possibilidade de uma redução, o PSD ainda não confirmou quantos deputados vai ter presente no hemiciclo. O presidente do PSD, Rui Rio, enviou um email, na semana passada, ao grupo parlamentar onde informa que será dada preferência aos novos deputados, que nunca tenham marcado presença neste evento e que façam parte da direção do grupo parlamentar e sejam presidentes, coordenadores ou vice-presidentes de comissões parlamentares.

Nestas circunstâncias estão os deputados e presidentes de comissões Fernando Ruas e Firmino Marques, os vice-presidentes de comissões Alberto Machado, Alberto Fonseca, Paulo Moniz, Paulo Leitão, Filipa Roseta e Hugo Patrício Oliveira, bem como os coordenadores de comissões Mónica Quintela, António Maló de Abreu, Ana Miguel Santos, Álvaro Almeida, Cláudia André, Isabel Meireles, André Coelho Lima e Isaura Morais. Será dada ainda preferências aos dois candidatos à liderança da Juventude Social Democrata (JSD), Alexandre Poço e Sofia Matos.

O Bloco de Esquerda (BE) vai levar uma terço da bancada parlamentar à sessão solene, que corresponde a seis deputados. Entre os presentes vão estar a coordenadora do partido, Catarina Martins, os membros da direção do grupo parlamentar, Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua e Jorge Costa, o vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza e o deputado Moisés Ferreira, que fará o discurso do BE. O tema escolhido é a necessidade de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O Partido Comunista (PCP) vai levar quarto deputados à cerimónia: o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, e os membros da direção do grupo parlamentar, João Oliveira, António Filipe e Paula Santos. O discurso caberá a Jerónimo de Sousa.

Do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que propôs que a cerimónia se realizasse por videoconferência, vai estar presente apenas a líder parlamentar, Inês Sousa Real, que fará o discurso. O CDS-PP, cujo presidente já veio dizer que não vai marcar presença na sessão solene, vai estar presente um deputado, não sendo ainda certo qual.

O deputado único do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, e o deputado único do Chega, André Ventura, devem também marcar presença no evento, tal como a deputada não-inscrita, Joacine Katar-Moreira, que não poderá usar da palavra durante a cerimónia que assinala a Revolução do Cravos que pôs fim a 40 anos de ditadura em Portugal.

A cerimónia vai contar também com menos convidados, entre altas figuras do Estado e os capitães de Abril, do que nos outros anos e estes devem ocupar as galerias ao invés de ficarem de frente para os deputados, como era habitual. O número de convidados é fechado hoje em nova conferência de líderes na Assembleia da República.

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