Apenas 64 deputados vão marcar presença na sessão solene do 25 de Abril que vai decorrer no próximo sábado na Assembleia da República, com limitações devido à pandemia da Covid-19. Em conferência de líderes, tinha ficado acordado que a cerimónia poderia decorrer com apenas um terço dos deputados (77), mas os partidos já anunciaram que vão reduzir ainda mais o número de presenças para que as distâncias recomendadas sejam cumpridas.
O Partido Socialista (PS) já anunciou que apenas 22 deputados socialistas vão marcar presença no hemiciclo. A líder do grupo parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, diz que o partido podia levar à sessão 36 deputados, mas vai optar por levar apenas um quinto da bancada, tal como tem acontecido nos outros plenários. À Lusa, Ana Catarina Mendes disse que “todos os outros deputados devem seguir as comemorações do 25 de Abril pela via que se pede a todos os portugueses: via televisão ou online”.
Já o Partido Social Democrata (PSD) pode levar até 27 deputados. Embora admita a possibilidade de uma redução, o PSD ainda não confirmou quantos deputados vai ter presente no hemiciclo. O presidente do PSD, Rui Rio, enviou um email, na semana passada, ao grupo parlamentar onde informa que será dada preferência aos novos deputados, que nunca tenham marcado presença neste evento e que façam parte da direção do grupo parlamentar e sejam presidentes, coordenadores ou vice-presidentes de comissões parlamentares.
Nestas circunstâncias estão os deputados e presidentes de comissões Fernando Ruas e Firmino Marques, os vice-presidentes de comissões Alberto Machado, Alberto Fonseca, Paulo Moniz, Paulo Leitão, Filipa Roseta e Hugo Patrício Oliveira, bem como os coordenadores de comissões Mónica Quintela, António Maló de Abreu, Ana Miguel Santos, Álvaro Almeida, Cláudia André, Isabel Meireles, André Coelho Lima e Isaura Morais. Será dada ainda preferências aos dois candidatos à liderança da Juventude Social Democrata (JSD), Alexandre Poço e Sofia Matos.
O Bloco de Esquerda (BE) vai levar uma terço da bancada parlamentar à sessão solene, que corresponde a seis deputados. Entre os presentes vão estar a coordenadora do partido, Catarina Martins, os membros da direção do grupo parlamentar, Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua e Jorge Costa, o vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza e o deputado Moisés Ferreira, que fará o discurso do BE. O tema escolhido é a necessidade de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Partido Comunista (PCP) vai levar quarto deputados à cerimónia: o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, e os membros da direção do grupo parlamentar, João Oliveira, António Filipe e Paula Santos. O discurso caberá a Jerónimo de Sousa.
Do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que propôs que a cerimónia se realizasse por videoconferência, vai estar presente apenas a líder parlamentar, Inês Sousa Real, que fará o discurso. O CDS-PP, cujo presidente já veio dizer que não vai marcar presença na sessão solene, vai estar presente um deputado, não sendo ainda certo qual.
O deputado único do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, e o deputado único do Chega, André Ventura, devem também marcar presença no evento, tal como a deputada não-inscrita, Joacine Katar-Moreira, que não poderá usar da palavra durante a cerimónia que assinala a Revolução do Cravos que pôs fim a 40 anos de ditadura em Portugal.
A cerimónia vai contar também com menos convidados, entre altas figuras do Estado e os capitães de Abril, do que nos outros anos e estes devem ocupar as galerias ao invés de ficarem de frente para os deputados, como era habitual. O número de convidados é fechado hoje em nova conferência de líderes na Assembleia da República.
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