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Apesar da subida de 5% da GreenVolt a Bolsa de Lisboa cai em linha com as principais praças da Europa

O analista de mercados do Millennium investment banking, Ramiro Loureiro, diz que os setores de “Alimentação, Energia e Utilities escaparam à correção generalizada nas bolsas”.
  • Daniel Munoz/Reuters
3 Dezembro 2021, 17h41

O PSI-20 caiu 0,12% para 5.417,41 pontos, mesmo com a subida de +5,30% da GreenVolt que fechou a cotar 6,36 euros. A Galp avançou +1,68% para 8,60 euros. Também a Altri valorizou +1,66% para 5,21 euros.

Outra empresa de energias renováveis puxou o índice para terreno negativo. A EDP Renováveis caiu -1,57% para 21,36 euros.

Outros títulos destacaram-se pela negativa. O BCP recuou -1,58% para 0,1429 euros; a Semapa caiu -2,06% para 11,42 euros; a Ibersol perdeu -1,48% para 5,32 euros; e a Corticeira Amorim recuou -1,08% para 11,04 euros.

Na Europa, o EuroStoxx 50 fechou em queda de 0,94% para 4.069,25 pontos e o Stoxx 600 recuou 0,78%. Os setores de alimentação e das utilities, considerados mais defensivos, conseguiram escapar às quedas, com o setor energético a ser impulsionado pela subida dos preços do petróleo.

Nas principais bolsas, o FTSE 100 caiu 0,10% para 7.122,3 pontos; o CAC perdeu 0,44% para 6.765,5 pontos; o DAX fechou a cair 0,61% para 15.170 pontos; o FTSE MIB desceu 0,26% para 25.938,5 pontos e o IBEX fechou em queda de 0,71% para 8.241,7 pontos.

O analista de mercados do Millennium investment banking, Ramiro Loureiro, diz que os setores de “Alimentação, Energia e Utilities escaparam à correção generalizada nas bolsas”.

“As bolsas europeias encerraram em baixa, com o sentimento negativo que se vive em Wall street a ser mais um foco de pressão. A confirmação de que a atividade nos serviços da Zona Euro ganhou ritmo de crescimento em novembro e de forma mais acentuada que o esperado, puxando pela atividade global, parece estar a dar força ao BCE para atuar na política monetária caso seja necessário de forma a travar a inflação (atingiu os 4,9% em novembro)”, salienta o analista.

“O cenário ficou aliás patente nas declarações da presidente Christine Lagarde, ainda que tenha considerado improvável uma subida de juros no próximo ano”, refere a análise da Mtrader.

A revelação de que a economia norte-americana gerou apenas 210 mil empregos em novembro, “bastante menos que o previsto e o pior registo do ano, por momentos esfriou os receios relacionados com uma postura mais hawkish da Fed, uma vez que o Banco Central norte-americano tem vindo a fazer depender o timing para a subida de juros (potencialmente negativa para ações) da observação de robustez no mercado laboral”, refere Ramiro Loureiro que acrescenta no entanto, que “logo depois foi revelado que a atividade terciária nos EUA se expandiu a um ritmo recorde em novembro e veio dar força aos discursos recentes de Powell, o que, aliado ao aumento das preocupações sobre o impacto económico da pandemia com o aparecimento da variante ómicron do Coronavírus, condicionou os investidores”.

Em termos macroeconómico destaca-se a notícia que a atividade da zona euro expande pelo nono mês consecutivo.

As vendas no comércio a retalho aceleraram em outubro na zona euro e União Europeia, com Portugal a registar a segunda maior subida mensal (2,3%), divulga hoje o Eurostat.  Em termos homólogos, o volume do Comércio a Retalho aumentou 1,4% na Zona Euro e 2,3% na UE27, em outubro de 2021, adianta o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE). Portugal registou um aumento homólogo de 3,4%, após ter registado um aumento homólogo de 2,7% no mês anterior. Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis para outubro de 2021, os maiores aumentos do Comércio a Retalho em termos homólogos foram registados na Eslovénia (34,3%), Polónia (12,4%) e Estónia (11,0%). As maiores reduções foram na Alemanha (-2,8%), Letónia (-2,3%) e Irlanda (-1,9%), conclui o Gabinete do Ministério da Economia.

Só no mês de outubro, o volume do Comércio a Retalho, a preços constantes e ajustado de sazonalidade, aumentou 0,2% na Zona Euro e 0,3% na UE a 27, face ao mês anterior, refere o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE). Portugal registou um aumento de 2,3% face ao mês anterior, o que compara com um aumento de 1,4% em setembro de 2021. Comparando com o mês anterior e entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis para outubro de 2021, os maiores aumentos foram registados na Eslovénia (13,0%), Portugal (2,3%) e Dinamarca (2,2%). As maiores diminuições ocorreram na Letónia (-5,4%), Áustria (-2,8%) e Estónia (-2,6%).

O euro sobe 0,05% para 1,1307 dólares.

O petróleo Brent valoriza 1,52% para 70,73 dólares. Nas matérias-primas o petróleo sobe pela segunda sessão depois
da OPEP+ mais ter acordado aumentar a oferta em 400 mil barris por dia a partir de janeiro (de acordo com o previsto), mas deixando a porta aberta para responder a uma queda acentuada nas cotações.

O mercado de dívida pública regista um queda das yields das bunds alemãs (-1,88 pontos base) para -0,39%. A dívida portuguesa a 10 anos cai 3,24 pontos base para 0,27% e Espanha vê os juros recuarem 3,39 pontos base para 0,34% e Itália tem os juros em queda de 3,92 pontos base para 0,91%.

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