A tensão no Médio Oriente pode desencadear uma corrida dos investidores a reservas de valor como o ouro, projetam os analistas, dados os receios de mais conflitos. A região é frequentemente vista como um barómetro de riscos geopolíticos globais e os ataques recentes do Hamas podem significar maior cautela nos mercados.
O ouro é a principal reserva de valor nos mercados, a par com o dólar, apresentando-se como ativos com elevada procura em momentos de grande incerteza e volatilidade. Após a incursão surpresa do Hamas em território israelita, tal parece ser o caso, com os investidores a privilegiarem a segurança nos seus portfolios, sobretudo numa altura de aperto monetário.
A subida dos juros tem castigado as bolsas norte-americanas e europeias, com a época de resultados em curso a dever mostrar ainda mais fragilidades operacionais. Por outro lado, as bonds têm disparado, beneficiando das taxas em alta.
A ação militar do grupo armado islamita que controla a Faixa de Gaza, um enclave palestiniano sujeito a um brutal bloqueio há 15 anos, também levanta questões quanto à evolução da cotação do petróleo nos mercados internacionais, apontam analistas citados pela Reuters. Com o apoio declarado de Teerão à incursão palestiniana, a tensão entre americanos e iranianos deverá voltar a crescer, restando saber o papel saudita nesta questão.
Recorde-se que os EUA têm feito esforços para normalizar a relação entre sauditas e israelitas, um dos motivos apontados por inúmeros observadores como um catalisador dos ataques deste fim-de-semana pelo Hamas. Recorde-se que um número ainda incerto de combatentes da fação armada do grupo político que controla a Faixa de Gaza ultrapassaram as vedações e muros que os aprisionam a céu aberto, tendo tomado várias localidades israelitas.
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