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Atividade global de fusões e aquisições manteve trajetória de recuperação no primeiro semestre

Os dados são do mais recente relatório do Mergermarket, segundo o qual o ressurgimento desta atividade na América do Norte pesa fortemente nesta recuperação. Volume de negócios ascendeu a 1,6 biliões de dólares (cerca de 1,47 biliões de euros), num crescimento de 17% em termos homólogos.
2 Agosto 2024, 21h39

No primeiro semestre deste ano, a atividade global de fusões e aquisições (M&A) manteve uma trajetória de recuperação, com o volume de negócios a ascender a 1,6 biliões de dólares (cerca de 1,47 biliões de euros), num crescimento de 17% em termos homólogos.

Os dados são do mais recente relatório do Mergermarket, segundo o qual o ressurgimento desta atividade na América do Norte pesa fortemente nesta recuperação.

Também a Europa conseguiu recuperar fortemente no primeiro semestre, “com o volume de M&A a aumentar 33% para 401 mil milhões de dólares.

“O pêndulo oscilou firmemente a favor do comprador empresarial, que representou 73% do volume de transações no primeiro semestre, um nível registado pela última vez antes da crise financeira mundial”, explica a Mergermarket no mesmo documento.

De acordo com o relatório, este domínio das empresas decorre da conjugação de vários fatores, entre os quais “a persistência de taxas de juro elevadas”, que “torna as aquisições alimentadas por dívida demasiado caras”.

Além disso, continua, as avaliações do mercado bolsista continuaram a crescer. No último ano, o S&P 500 subiu 20%, o que “deu às empresas uma uma moeda forte para a realização de negócios”, explica.

Sobre as 10 maiores transações do primeiro semestre, a Mergermarket salienta que sete dessa dezena foram realizadas por compradores estratégicos, seis das quais em sectores mais tradicionais como os serviços financeiros, petróleo e gás, produtos de construção e fabrico de produtos farmacêuticos. De destacar a oferta de 35,3 mil milhões de dólares da Capital One Financial pelo emissor de cartões de crédito Discover Financial Services em fevereiro e, nesse mesmo mês, o negócio de 25,8 mil milhões de dólares da Diamondback Energy para comprar a Endeavor Energy Resources. Em maio, a ConocoPhillips comprou, por 23,1 mil milhões de dólares, a Marathon Oil,

“O volume de transações do continente [EUA] cresceu 33%, para 864 mil milhões de dólares, durante os primeiros seis meses”, acrescenta o documento.

Na Ásia-Pacífico, a história foi outra, com as transações a caírem 26% para um mínimo de 15 anos de 264,3 mil milhões de dólares, penalizadas pela “crise do sector imobiliário na China”, justifica o relatório.

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