Os bancos americanos pediram empréstimos no valor de 165 mil milhões de dólares à Reserva Federal norte-americana esta semana, uma solicitação do sector financeiro para fazer face às “ondas de choque” face à falência do Silicon Valley Bank. Este é um recorde histórico para a banca americana, uma vez que este montante foi atingido em apenas sete dias, revela o “El Economista”.
Só durante a janela de desconto (concessão de empréstimos a curto prazo garantidos pelos bancos centrais aos bancos comerciais, mediante a apresentação de garantias), os bancos dos EUA pediram 152.850 milhões de dólares.
Na semana anterior, a banca dos Estados Unidos tinha pedido 4.580 milhões de dólares à Fed, um valor que fica muito aquém do pedido deste semana. O último máximo histórico tinha-se fixado em 111 mil milhões de dólares durante a crise financeira de 2008.
O pedido multimilionário chegou na mesma semana em que faliram três bancos americanos que financiavam empresas de tecnologia: Silvergate, Signature e Silicon Valley Bank (SVB).
Este valor é atingido um ano depois da Fed ter iniciado o processo de normalização da política monetária, após uma década de estímulos e anos a viver com taxas de juros nulas. Neste ano, as taxas de juros da instituição aumentaram em 450 pontos base, para a faixa entre os 4,5% e 4,75%.
Ao dia de ontem, o banco central norte-americano revelou ter procedido ao empréstimo de 12 mil milhões de dólares às instituições financeiras desde domingo, 12 de março. Este foi o mesmo dia em que o regulador anunciou que iria fazer o que fosse necessário para cobrir os depósitos dos clientes.
Apesar destes resgates à banca americana, a secretária do Tesouro sustentou que o sistema financeiro é “sólido” e que os cidadãos podem confiar na segurança dos seus depósitos, ainda que o colapso do SVB tenha fragilizado o sentimento dos americanos em relação aos bancos.
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