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BBVA compra 21,7% do banco digital brasileiro Neon por 265 milhões

O BBVA vai reforçar a sua participação de 10,2% para 29,7% no Neon Pagamentos. A operação custará ao banco espanhol 300 milhões de dólares (265,3 milhões de euros).
14 Fevereiro 2022, 11h02

O BBVA vai reforçar a sua participação de 10,2% para 29,7% no Neon Pagamentos. A operação custará ao banco espanhol 300 milhões de dólares (265,3 milhões de euros).

A transação, anunciada hoje numa informação publicada pelo supervisor da bolsa espanhola, a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), vai ser realizada, através de um aumento de capital da empresa de origem britânica Neon Payments Limited, que por sua vez detém 100% das ações do banco digital brasileiro Neon Pagamentos, noticia a Lusa.

A operação deverá ter lugar este mês, segundo o BBVA que pretende assinar um acordo com os restantes acionistas, que incluirá os direitos de proteção dos acionistas minoritários, o que é habitual neste tipo de transações.

A operação significará para o BBVA um consumo de capital CET1 (na versão fully loaded) de 10 pontos base, conforme detalhado à CNMV.

A subscrição das ações e o pagamento do preço estão previstos para ocorrer durante o mês de fevereiro de 2022.

Neon é um banco digital fundado em 2016 que facilita o acesso a serviços financeiros para indivíduos, trabalhadores independentes e pequenas empresas no Brasil, com cerca de 15 milhões de contas.

O grupo BBVA já tinha uma participação no banco digital desde 2018, através do fundo de capital de risco Propel, e após esta transação, a participação do BBVA totalizará 29,7% do Neon.

O BBVA sublinha que este investimento tem lugar num contexto de rutura tecnológica sem precedentes, com um forte crescimento dos modelos digitais e inovadores, especialmente no setor financeiro.

O investimento no Neon acresce aos já realizados pelo BBVA em outras plataformas financeiras digitais, tais como o Atom Bank no Reino Unido e o Solarisbank na Alemanha.

O banco que tem Carlos Torres Vila como Chairman e Onur Genç como Chief Executive Officer (CEO) também entrou recentemente no mercado italiano com uma oferta 100% digital para clientes retalhistas, com base na sua aplicação para telemóveis.

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