Miguel Maya considera que os preços cobrados pelos serviços prestado pelo banco são adequados. Nesse sentido, o presidente executivo do BCP não prevê que haja uma descida nas comissões que os clientes têm de pagar.
“Cria-se a ideia de que os juros sobem e as comissões caem. Não é assim”, começou por dizer Maya aos jornalistas, na apresentação dos resultados para o primeiro semestre, quando o banco obteve lucros de 74,5 milhões de euros.
De acordo com o banqueiro, “o banco não perspetiva nenhuma baixa das comissões”, uma vez que “os preços estão adequados aos serviços prestados”. O BCP “também paga mais pela luz, combustíveis. O banco também sente a inflação”, referiu.
As comissões líquidas do BCP aumentaram 9,8% no primeiro semestre de 2022, face aos 352,9 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2021, ascendendo a 387,6 milhões de euros. Um desempenho favorável que se verificou sobretudo na atividade em Portugal, onde as comissões cresceram 12,1% para 277,2 milhões de euros.
“Em termos consolidados, assistiu-se a uma melhoria generalizada dos vários tipos de comissões, refletindo em larga medida a progressiva normalização da atividade económica”, afirma o banco liderado por Miguel Maya no comunicado divulgado esta quarta-feira.
O BCP, tal como as outras instituições financeiras, tem aumentado os custos de alguns serviços que presta. Desde junho que o banco deixou cair alguns dos critérios para se ter acesso à isenção na comissão de manutenção de conta. Se, antes, os clientes do banco que usavam os cartões de crédito e de débito para fazerem compras conseguiam escapar a este encargo, esta “borla” passou a ser aplicada apenas aos mais jovens mas também a quem tem reformas mais baixas, desde que se trate da conta principal.
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