O Jornal Económico fez as contas à nova reserva contracíclica de 0,75% sobre a exposição dos bancos ao setor privado não financeiro em Portugal, anunciada pelo banco central, e concluiu que o BCP tem o maior impacto e Santander Totta o menor do Top5.
O Jornal Económico foi calcular o impacto banco a banco tendo em conta os ativos ponderados pelo risco (RWA – Risk-Weighted Assets) espelhados no relatório e contas de 2023.
Assim, o banco com maior volume de ativos ponderados pelo risco, de entre os cinco maiores bancos portugueses, é o BCP com 39.751 milhões de euros (39,7 mil milhões). Pelo que aplicando-se a nova almofada de capital a este valor resulta numa reserva de 297,9 milhões de euros.
O Santander Totta, no grupo dos “Big 5” é o melhor colocado, com um volume de ativos ponderados pelo risco de 15.467 milhões de euros, o que projeta a almofada contracíclica para os 116 milhões de euros.
O JE viu também o Banco Montepio que revela em 2023 um volume de ativos ponderados pelo risco de 7.641 milhões o que projeta a almofada de capital para os 57,3 milhões de euros.
O Banco de Portugal prepara uma reserva contracíclica de 0,75% sobre a exposição dos bancos ao setor privado não financeiro em Portugal para entrar em vigor a 1 de janeiro de 2026. Esta percentagem deverá ser aplicada em base individual e em base consolidada.
A reserva contracíclica corresponde a uma reserva adicional constituída por fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1), que tem como objetivo proteger o setor bancário nos períodos em que o risco sistémico cíclico aumenta, devido a um crescimento excessivo do crédito.
Contactado pelo JE, Julien Grandjean da Fitch diz que “dado o actual nível de capitalização e rendibilidade, que suporta a futura acumulação de capital, esperamos que esta nova reserva anticíclica seja gerível para os bancos”.
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