Depois da tempestade vem a bonança. Horas após a bolsa do Japão encerrar com uma valorização superior a 10%, a maior desde 2008, as criptomoedas também estão a recuperar das quedas vertiginosas de ontem. A bitcoin sobe esta terça-feira 6,57% para cerca de 55.641 dólares (aproximadamente 50.913 mil euros).
Ontem, a bitcoin caiu valores abaixo de 50 mil dólares pela primeira vez desde fevereiro. Aliás, a criptomoeda sofreu a maior perda desde o colapso da FTX: menos 20% desde a manhã de sexta-feira para segunda-feira.
A analista Rania Gule destaca a recuperação “modesta” da bitcoin esta manhã, estando a negociar em torno dos 55.500 dólares, mas alerta para os riscos no curto e médio prazo. “Acredito que é importante monitorizar se o mercado das criptomoedas atingiu realmente o fundo, uma vez que mais de mil milhões de moedas em liquidação podem indicar uma potencial baixa a curto e médio prazo. Principalmente porque o preço da bitcoin ainda está acima do custo médio de mineração”, escreve a trader, em research enviada ao Jornal Económico.
Na opinião da especialista da Xs.com, “deve ser dada atenção à saúde geral das empresas cripto, uma vez que o colapso do mercado em 2022 revelou que as quedas acentuadas do mercado podem levar ao colapso de empresas com balanços excessivamente alavancados”.
Na semana passada, a moeda virtual mais famosa do mundo esteve a valer 69.745 dólares, o valor mais elevado desde o passado dia 12 de junho, na sequência de o ex-presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca ter dito que queria tornar os Estados Unidos uma “superpotência da bitcoin” e a “capital cripto mundial” se ganhasse as eleições presidenciais em novembro.
“Prometo à comunidade bitcoin que, no dia em que tomar posse, a cruzada anti-cripto de Joe Biden e Kamala Harris terminará. Se não abraçarmos as criptomoedas e a tecnologia bitcoin, a China fá-lo-á e os outros países fá-lo-ão. Eles dominarão e não podemos deixar que a China domine. Estão a fazer muito progresso”, afirmou, na convenção “Bitcoin 2024”, em Nashville.
Donald Trump mostrou um posicionamento mais pró-Bitcoin do que a democrata Kamala Harris, até porque garantiu que, se voltar à Casa Branca para um segundo mandato, o governo federal nunca venderia as suas participações em bitcoin, iria demitir o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC – Securitie and Exchange Commission), Gary Gensler, e criar um conselho consultivo sobre as criptomoedas.
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