A última sessão da semana deste começo de janeiro trouxe um novo alento às bolsas europeias, estando o índice EuroStoxx 50 fechado a subir 2,77% para 3.036,63 pontos e o Stoxx 600 a valorizar 2,83% para 343,38 pontos.
A Euronext Lisboa foi contagiada e o PSI 20 fechou em alta de 2,67% para 4.872,85 pontos, para a melhor sessão em quase dois anos. Tudo graças à valorização da Mota-Engil (+7,19% para 1,670 euros); às subidas expressivas das ações das empresas do setor do papel (Altri que subiu 6,32% para 6,180 euros; a Navigator que ganhou 4,63% para 3,750 euros e sua holding Semapa saltou 5,02% para 13,4 euros) e da banca. O BCP disparou 4,29% para 0,2406 euros no dia em que foi noticiado que o banco tem luz verde do regulador polaco para a compra do Euro Bank. Destaque ainda para a Pharol que viu os seus títulos subirem 6,95% para 0,179 euros, no dia em que foi comunicado a prorrogação do prazo para exercer os direitos no aumento de capital da Oi.
Os 16 títulos que compõem o PSI 20 fecharam todos no verde. Os CTT subiram 3,18% para 3,048 euros; a Galp cresceu 3,04% para 14,39 euros; a NOS valorizou 2,15% para 5,46 euros e a Jerónimo Martins também com ganhos fortes de 2,77% para 10,585 euros.
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A Europa foi um festival de subidas. Com o FTSE 100 de Londres a ganhar 2,03% para 6.828,62 pontos; o CAC 40 a subir 2,62% para 4.732,13 pontos o Dax subiu 3,11% para 10.740 pontos; o italiano FTSE MIB fechou a ganhar 3% para 18.764 pontos e o espanhol IBEX valorizou 2,43% para 8.730,1 pontos.
Os analistas atribuem este entusiasmo dos investidores ao otimismo gerado no mercado relativa à próxima reunião que ocorrerá em Pequim, entre os EUA e a China, que retomará as negociações. A China anunciou a visita de uma comitiva norte-americana para os dias 7 e 8 de janeiro, sinal de que os dois países pretendem acalmar o clima de tensão quanto às questões comerciais. Na última ocasião em que se encontraram, houve uma trégua na guerra comercial até março, mas os avanços foram mínimos.
A bolsa sobe num dia em que se soube que a inflação na zona do euro caiu três décimos em dezembro, para 1,6%, devido ao colapso do petróleo. O IPC da zona do euro já está quase a meio ponto percentual do objetivo do BCE.
A inflação subjacente (obtida a partir do IPC excluindo os produtos alimentares não transformados e os produtos energéticos) permanece inalterada em 1%.
Os preços da energia reduziram a sua subida de 9,1% para 5,5% em dezembro. O declínio acentuado dos preços do petróleo nos últimos meses de 2018 é muito sentida nos primeiros dados de inflação referentes a dezembro publicados pelo Gabinete de Estatísticas Europeu, Eurostat, mostrando uma desaceleração em três décimas do custo da vida na zona do euro.
“Na Zona Euro, o ritmo de atividade está em mínimos de 4 anos. Grande parte deste arrefecimento, não só na região como noutras geografias, é justificada pela guerra comercial, mostrando que é tema central nos mercados. A inflação na Zona Euro voltou a recuar em dezembro (1,6%), cada vez mais longe da meta do BCE”, diz o analista da Mtrader, Ramiro Loureiro. O baixo nível de inflação tem sustentado a política de juros baixos que o BCE vem adotando e isso pode ajudar a explicar a alta do mercado de ações, explica por sua vez o analista (Aitor Méndez) da IG.
Nas matérias-primas o barril de Brent, referência para a Europa, sobe 2,27% para 57,22 dólares e o WTI, nos EUA está a subir 2,34% para 48,19 dólares.
O euro está a subir 0,12% para 1,1408 dólares.
No mercado de dívida soberana, a Alemanha vê os juros subirem 5,5 pontos base para 0,208%, ao passo que a dívida portuguesa agrava 4,1 pontos base para uma yield de 1,808%; já a dívida espanhola sobe 4,5 pontos base para 1,474% e a italiana também a subir, 3,9 pontos base para 2,899%.
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