O principal índice bolsista português (PSI 20) está a negociar com perdas ligeiras a meio da sessão desta segunda-feira, ao deslizar 0,12% para 4.107,57 pontos. A bolsa portuguesa contraria as congéneres europeias, que estão em alta, motivadas pelos crescentes indícios de que a atividade económica na Europa iniciou o seu processo de normalização no combate à pandemia da Covid-19.
A animar as praças europeias está a decisão do Banco do Japão (BoJ) em cortar os limites à compra de dívida do país, de forma a controlar o impacto económico que o novo coronavírus está a ter na região. A decisão do BoJ levantou o otimismo dos investidores em relação ao que será decidido nas reuniões de politica monetária da Fed e do Banco Central Europeu (BCE) marcadas para esta quarta e quinta-feira, respetivamente.
O índice alemão DAX sobe 2,38%, o britânico FTSE 100 avança 1,46%, o francês CAC 40 valoriza 1,86%, o holandês AEX recupera 2,50%, o espanhol IBEX35 ganha 1,74% e o italiano FTSE MIB alavanca 1,44%.
O otimismo nas bolsas está a permitir recuperações ligeiras, depois de se terem registado “variações líquidas negativas na semana passada, devido às fortes quedas de terça-feira, difíceis de recuperar totalmente nos dias seguintes”. “Isto sobretudo devido ao choque no preço do petróleo, mas também à frustração relativa aos avanços de um medicamento para a Covid”, explicam os analistas do Bankinter.
Ainda assim, o mercado petrolífero continua a negociar em queda: em Nova Iorque, o WTI afunda 16,59%, para 14,14 dólares; o Brent, negociado em Londres e que é referência para Portugal cai 4,15%, para 23,78 dólares.
Galp pressiona bolsa nacional
Na bolsa nacional, onze cotadas estão a negociar em alta e as restantes sete estão a desvalorizar. Do lado dos ganhos, destaca-se os títulos dos CTT (0,94%), Sonae (0,95%), BCP (0,53%), F. Ramada (3,46%) e das papeleiras Altri (0,61%) e Semapa (0,70%).
A pressionar o índice nacional está a Galp, que apresentou resultados do primeiro trimestre de 2020 esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O lucro da Galp tombou 72%, para 29 milhões de euros entre janeiro e março de 2020, espelhando a quebra na procura no mercado petrolífero devido à pandemia da Covid-19, enquanto os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuaram 5% para 469 milhões.
O tombo nos lucros da Galp deve-se, em parte, à queda acentuada da procura e dos preços dos produtos petrolíferos. A reagir a isso, os títulos da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva estão a cair 2,91%, para 9,14 euros e é a cotada que regista mais perdas neste meio de sessão.
A negociar no vermelho estão também a EDP (-0,21%), a Jerónimo Martins (-0,48%) e a Mota-Engil (-1,50%).
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