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Bright Pixel lidera ronda de financiamento de 20 milhões da tecnológica americana Harmonya

A sociedade de capital de risco com sede na Maia encabeçou o investimento série A da empresa que desenvolve software para o retalho e mercado dos bens de consumo.
7 Setembro 2023, 18h04

A sociedade de capital de risco portuguesa Bright Pixel liderou a ronda de investimento série A de mais de 20 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros) na tecnológica norte-americana Harmonya. A antiga Sonae IM encabeçou o processo que fez com que o financiamento captado pela empresa chegasse aos 25 milhões de dólares (aproximadamente 23 milhões de euros).

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A Harmonya, que desenvolve e vende software direcionado para o sector do retalho e mercado de bens de consumo (CPG – Consumer Packaged Goods), contou ainda com a participação dos seguintes investidores: a Israelita Team8, que bem conhece de rondas anteriores, e da Arc Investors, J Ventures, Silicon Road Ventures, Allen & Company, LiveRamp e Susa Ventures, dos Estados Unidos.

“Os sectores de bens de consumo e retalho são vastos e estão em constante mudança, apresentando inúmeras oportunidades de inovação, especialmente na área de dados de produto, em que as abordagens e tecnologias atuais não correspondem às necessidades das organizações modernas orientadas para dados”, começa por explicar Francisco Nunes, responsável da área de Investimento da Bright Pixel.

Na opinião do investidor português, “a plataforma inovadora da Harmonya posiciona a empresa como um player essencial para desbloquear o potencial inexplorado nestas indústrias, aproximando-as da forma como os consumidores percecionam e experienciam os produtos”.

A tecnologia usada pela Harmonya é Inteligência Artificial (IA), mais precisamente IA generativa, que permite às organizações deixarem de utilizar estruturas de dados de produto predefinidas e estáticas, podendo definir ofertas personalizadas, nomeadamente quando o item é associado a um momento específico ou a um tipo de dieta, esclarece o braço de investimento em capital de risco do grupo Sonae, com sede na Maia.

“Quando surge uma nova tendência de consumo, por exemplo em temas como a sustentabilidade ou o bem-estar, os retalhistas e CPGs precisam de rever todos os seus produtos e adicionar atributos a cada um de forma manual. Isto limita a sua capacidade de identificar e responder rapidamente às preferências emergentes dos consumidores, obter previsões fiáveis da procura e criar experiências de compra personalizadas”, afirma o cofundador e CEO da Harmonya, Cem Kent.

Os detalhes da aplicação do investimento não foram partilhados pela empresa com escritórios em Nova Iorque e Telavive. “Este investimento vai ajudar-nos a promover a nossa missão de preencher a lacuna entre os dados antiquados de produtos, que carecem de poder descritivo e de diagnóstico”, disse apenas Cem Kent, em comunicado divulgado aos meios de comunicação social.

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