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British Airways vai suspender o contrato a 32 mil trabalhadores

A British Airways, propriedade do grupo IAG, é uma das maiores companhias aéreas do mundo. Enfrenta agora a maior crise da sua história, tendo já a confirmado que está “numa luta pela sobrevivência”.
2 Abril 2020, 12h46

A companhia aérea britânica anunciou que está em conversações com os sindicatos com o objetivo de colocar um plano em prática que visa a suspensão imediata dos contratos de trabalho de 32 mil trabalhadores. A medida é impulsionada pela pandemia de coronavírus que ameaça a viabilidade da indústria aérea, segundo a “Reuters”.

Tendo já acordado cortes salariais de 50% para pilotos, a British Airways está perto de fechar um acordo que prevê a suspensão de cerca de 80% da tripulação de cabine e terra, engenheiros e funcionários de escritório.

A British Airways, propriedade do grupo IAG, é uma das maiores companhias aéreas do mundo. Enfrenta agora a maior crise da sua história, tendo já a companhia confirmado que está “numa luta pela sobrevivência”.

A companhia aérea britânica afirma já estar em negociações com o sindicato ‘Unite’ há uma semana. De acordo com um porta-voz do sindicato citado pela Reuters “a Unite trabalha 24 horas por dia para proteger milhares de empregos e garantir que o Reino Unido saia desta crise sem precedentes com um setor de aviação viável”.

São várias as companhias aéreas que estão em regime de redução de custos. Nas últimas semanas, a Qantas Airways deicou dois terços dos seus trabalhadores (20 mil) em regime de layoff, enquanto a Lufthansa se candidatou para colocar 31 mil trabalhadores em regime de trabalho de curta duração até ao final de agosto. Também a Easyjet já anunciou que vai demitir quatro mil tripulantes de cabine no Reino Unido por dois meses.

O Reino Unido lançou um esquema de retenção de empregos que cobre 80% do salário de alguém limitado a um máximo de 2.500 libras por mês. Mas algumas companhias aéreas, incluindo a rival Virgin Atlantic, disseram que entrarão em colapso se não conseguirem mais ajuda.

Em Portugal, também a TAP anunciou que 90% dos seus trabalhadores vão entrar em regime de lay-off, com os restantes a sofrerem uma redução do horário de trabalho em 20% e corte proporcional no salário. A companhia aérea conta com mais de 10 mil trabalhadores em Portugal.

Com os aviões impossibilitados de voar por causa das restrições de viagens, agravados pela demanda por medo de contágio, as companhias aéreas de todo o mundo aterraram a maior parte das suas frotas, e muitos disseram que precisam do apoio do governo para sobreviver.

Na Europa, mais de 20.000 voos partiram ou desembarcaram a 23 de janeiro. Passados dois meses, desde que a Itália emergiu como epicentro do vírus e as restrições de viagens entraram em vigor, os voos caíram para menos de 5.000 por dia.

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