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Cabaz com “IVA zero” não passa de “borla fiscal” aos supermercados, diz BE

“Em Espanha, a descida do IVA foi comida pelos preços em 15 dias”, recorda a líder do BE.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, fala aos jornalistas durante a conferência de imprensa para apresentação do programa eleitoral às eleições legislativas, na sede nacional do partido, em Lisboa, 21 de dezembro de 2021. MÁRIO CRUZ/LUSA
30 Março 2023, 11h00

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou que o cabaz com “IVA zero” não passa de “borla fiscal” aos supermercados.

Catarina Martins referiu que “a experiência diz-nos que tem tudo para correr mal”. Estamos perante “uma promoção aos supermercados paga com 410 milhões de euros dos contribuintes, um número publicitário que fica caro ao erário público”, destacou.

“Em Espanha, a descida do IVA foi comida pelos preços em 15 dias. E convenhamos que 6% de IVA não explicam nem compensam o assalto de ter a cebola 80% mais cara do que há um ano, o arroz 70% mais caro do que há um ano”, explicou a líder bloquista.

Segundo Catarina, “não há volta a dar: esta inflação não se explica sem olhar para os lucros da grande distribuição”.

A bloquista felicitou o Governo pelos apoios aos produtores, mas apontou que “nem são os produtores que estão a ganhar com a inédita inflação alimentar em Portugal, nem as prateleiras dos supermercados dependem exclusivamente de produtos nacionais”.

“A grande distribuição, já sabemos, diz que controlo de preços ou margens é impossível. Até ameaçam com prateleiras vazias. É ficção e pura chantagem. E o Governo sabe: pôs teto no preço do gás, controlou preço de máscaras e outros na pandemia. O controlo de preços e margens funciona, haja vontade política”, sublinhou a dirigente do BE.

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