[weglot_switcher]

Cabo Verde: TICV diz que apresentou de forma “espontânea” suspensão do certificado de operador aéreo

A TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde confirmou que, “de forma espontânea”, apresentou o pedido de suspensão do Certificado do Operador Aéreo (AOC) e disse ser “mentira” que a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde tenha suspendido, de “forma unilateral”, o AOC da TICV.
26 Abril 2024, 15h39

A TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde confirmou, esta sexta-feira, que “de forma espontânea”, apresentou o pedido de suspensão do Certificado do Operador Aéreo (AOC), e disse ser “mentira” que a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde tenha suspendido, de “forma unilateral”, o AOC da TICV.

“Só depois desse pedido [da TICV], como forma de beneficiar a sua posição junto da opinião pública, é que a AAC decidiu suspender o AOC da TICV”, salientou a Bestfly, grupo do qual faz parte a Transportadora Interilhas de Cabo Verde.

O grupo Bestfly, que é acionista maioritário da transportadora cabo-verdiana, anunciou, esta semana, a suspensão da operação entre as ilhas de Cabo Verde. Esta suspensão confirma a notícia do Jornal Económico de fevereiro, na qual se previa que a Autoridade de Aviação Civil (AAC) não ia renovar o Certificado de Operador Aéreo à TICV.

“A TICV foi surpreendida com a receção, a 19 de abril de 2024, de uma carta da Agência de Aviação Civil de Cabo Verde dando conta de que, após aprovação inicial, tomou a decisão de revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas em Cabo Verde e que já se encontrava no país”, escreveu o grupo, esta semana.

Esta sexta-feira, o grupo, que é acionista maioritário da transportadora cabo-verdiana, disse que “não existia nenhuma razão de natureza legal para a revogação da autorização concedida ao contrato de ACMI, solicitado pela TICV, para a regularização da ligação interilhas em Cabo Verde”.

Transportadora diz existir ambiente tóxico

A TICV considera existir, no país, um “ambiente tóxico” que “prejudica severamente” o bom funcionamento da operação aérea interilhas.

“Desde o início da operação da TICV, foram plantadas notícias falaciosas que induziam a opinião pública em erro e comprometiam a relação entre a companhia e os seus clientes, quando esta sempre se pautou pelos princípios da transparência e da confiança. Não compete à TICV avaliar a origem e os propósitos dessas notícias infundadas, mas o ambiente mediático que as proporcionou afigura-se como um agente de toxicidade e um constrangimento ao desenvolvimento da operação aérea doméstica”, salientou o grupo que opera no sector dos transportes.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.