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Cafôfo não se vai recandidatar à liderança do PS Madeira

O dirigente socialista referiu que a sua manutenção na liderança serve para “garantir estabilidade” e também para dar “todo o apoio” às estruturas concelhias na preparação para as eleições autárquicas.
31 Maio 2025, 10h30

O atual líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, confirmou no início da semana, na reunião da Comissão Regional, que após as eleições autárquicas vai iniciar o professo interno para definir uma nova liderança nos socialistas madeirenses, e assegurou que não se vai candidatar, dando seguimento ao que tinha dito após as eleições regionais de maio, que colocaram a força partidária como a terceira maior votação atrás do PSD e do Juntos Pelo Povo (JPP).

O dirigente socialista referiu que a sua manutenção na liderança serve para “garantir estabilidade” e também para dar “todo o apoio” às estruturas concelhias na preparação para as eleições autárquicas.

Cafôfo disse que devido às eleições regionais, “houve um atraso no processo autárquico, sendo que há Concelhias que já têm o trabalho mais adiantado e outras onde esse trabalho ainda decorre”.

O líder do PS Madeira disse que julga que dentro de cerca de 15 dias deve ficar finalizado “todo o processo” em todas as concelhias, “de modo a que o partido possa estar concentrado nas ideias e nos projetos que a força partidária vai apresentar à população de cada um dos concelhos da Região”.

Sobre a atual situação política, Cafôfo disse que o partido não teve os resultados que desejava quer nas eleições regionais de março quer nas eleições para a Assembleia da República, em maio.

“Vivemos tempos difíceis e complicados para o socialismo democrático, para os valores de quem é socialista, de quem acredita na democracia, de quem acredita que a política serve para servir as pessoas. Existe uma onda que nos leva para o populismo e para a extrema direita”, disse Cafôfo. O líder socialista salientou que existe “uma ligação direta entre o bom momento do PS a nível nacional e a nível regional, mas também quando o inverso acontece”.

Cafôfo sublinhou que face aos resultados “o ciclo político de mudança na Região que iniciou em 2019 acabou em 2025, nas últimas eleições regionais”.

O socialista disse que já afirmou “com todo o sentido de responsabilidade, mas também de compromisso com todos os militantes do PS, que após as autárquicas desencadearei um processo interno de nova liderança no qual não serei candidato. Não irei candidatar-me à liderança do PS, abrindo espaço para uma reflexão, para que surjam outros candidatos e outras candidatas que possam, numa revisão estratégica, alimentar a esperança e construir um projeto para a Região”.

Cafôfo considerou que “é neste momento que nós devemos mostrar a nossa fibra”, acrescentando que o “barco do PS encontra-se numa tempestade”, pelo que considera que deve manter-se “como capitão, segurando no leme, para que o barco possa ser levado a um porto seguro nesta travessia difícil até às eleições autárquicas”.

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