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CDS descreve Pedro Marques como “melhor secretário de Estado de Centeno”

A bancada centrista critica a baixa execução orçamental do ministério tutelado por Pedro Marques e acusa o ministro de governar “entre o anúncio e o falhanço”.
  • Tiago Petinga/Lusa
30 Outubro 2018, 13h46

O deputado do CDS-PP Hélder Amaral referiu-se esta terça-feira ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, como sendo “o melhor secretário de Estado de [Mário] Centeno”. A bancada centrista critica a baixa execução orçamental do ministério tutelado por Pedro Marques e acusa o ministro de governar “entre o anúncio e o falhanço”.

“5% de execução deveria fazer corar de vergonha qualquer governante”, afirmou Hélder Amaral, no segundo e último dia de debate da proposta do Governo de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2019). “Não há memória de uma degradação tão grande no serviço público de transportes”.

Pedro Marques adiantou que, no próximo ano, devem avançar as obras de manutenção da ponte 25 de Abril, a requalificação  do IP3, bem como novos investimentos na área da saúde e educação. O novo aeroporto do Montijo é também uma das obras que o Governo que fazer avançar no próximo ano.

“Iniciaremos no próximo ano a construção da maior linha férrea dos últimos 100 anos e daremos execução ao compromisso de aquisição de novo material circulante para a CP”, afirmou Pedro Marques. O ministro indica que o investimento público deve crescer mais de 80 milhões de euros em 2019.

A proposta de OE2019 vai ser aprovada esta terça-feira com os votos favoráveis do PS, PCP, BE, PEV e PAN, ao fim de dois dias de debate. O PSD e o CDS-PP já fizeram saber que vão votar contra.

Depois de ser votado na generalidade, o documento segue para discussão na especialidade, com a audição de cada um dos ministros e a apresentação de propostas de alteração e votação final global. O debate deve ser encerrado pelo primeiro-ministro, António Costa, no próximo dia 29 de novembro.

Em linhas gerais, no que toca ao cenário macroeconómico, o OE2019 prevê um défice de 0,2%, uma dívida na ordem dos 118,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um crescimento de 2,2% e uma taxa de desemprego que ronde os 6%.

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