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CDU critica abandono de habitações públicas no Funchal

O dirigente da CDU, Ricardo Lume, considera que, numa altura em que existe tanta gente a precisar de casa e com dificuldade em garantir o direito à habitação, é “lamentável” constatar que existem tantas habitações públicas deixadas ao abandono onde podiam estar a viver famílias, mas “infelizmente essas habitações, hoje, por estarem abandonadas, são apenas um perigo para a segurança e para a saúde pública”.
8 Julho 2024, 18h09

A CDU criticou as habitações públicas que têm sido deixadas ao abandono, no Funchal, dando como exemplo o Bairro de Santa Maria.

O dirigente da CDU, Ricardo Lume, considera que, numa altura em que existe tanta gente a precisar de casa e com dificuldade em garantir o direito à habitação, é “lamentável” constatar que existem tantas habitações públicas deixadas ao abandono onde podiam estar a viver famílias, mas “infelizmente essas habitações, hoje, por estarem abandonadas, são apenas um perigo para a segurança e para a saúde pública”.

Ricardo Lume sublinha que o Bairro de Santa Maria é um “exemplo claro dessa realidade criminosa”, que tem como tutela a Câmara do Funchal, e que, de acordo com os moradores, possui 12 casas fechadas, algumas há vários anos.

“Não é aceitável que num concelho como o do Funchal, onde existem milhares de famílias com carências habitacionais, o executivo camarário do PSD/ CDS-PP, mas também o Governo Regional PSD com o apoio do CDS-PP, do PAN, do Chega e do Iniciativa Liberal, se dê ao desplante de ter habitações públicas fechadas”, disse Ricardo Lume.

A força partidária diz ser comum a uma família com carências habitacionais se deslocar à Câmara do Funchal ou à Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) receber a resposta de que “não existem” habitações disponíveis.

A CDU alerta que o Bairro de Santa Maria é um dos muitos exemplos para quem governa, seja a Região ou o Município, de “preferir ter habitações públicas a se degradar e a representar um perigo para a segurança e para a saúde pública do que garantir o direito à habitação”.

Para a força partidária, esta política habitacional apenas é ganha pelos “senhores que especulam com os preços das casas e com os arrendamentos incomportáveis para quem vive do seu salário”.

A CDU diz que a presidente da Câmara do Funchal, Cristina Pedra, “mais parece um lobo com pele de cordeiro”, e lembra que a autarca, em Lisboa, aquando da convenção da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária, afirmou que “o acesso a uma habitação condigna é um direito fundamental de qualquer cidadão e, como tal, as dificuldades que se sentem, principalmente nos grandes centros urbanos, é algo que nos preocupa, primeiramente como cidadãos, mas certamente muito mais como decisores políticos”.

A força partidária lamenta que, no concelho onde Cristina Pedra tem responsabilidade, “existam muitas habitações públicas sobre a tutela da Câmara do Funchal onde podiam estar a viver famílias, mas que estão fechadas apenas  por opção política. A hipocrisia tem limites”.

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