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CGD: rendimento líquido com comissões e serviços aumentou 13% entre 2015 e 2018

Segundo o Relatório e Contas da CGD de 2015, os rendimentos do banco público com serviços e comissões atingiram os 440,2 milhões de euros, ao passo que os encargos atingiram os 92,7 milhões, resultando num rendimento líquido de 347,5 milhões de euros.
15 Outubro 2019, 18h48

O rendimento líquido da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com comissões e serviços aumentou 13% entre 2015 e 2018, cerca de 46 milhões de euros, de acordo com os Relatórios e Contas do banco público.

Segundo o Relatório e Contas da CGD de 2015, os rendimentos do banco público com serviços e comissões atingiram os 440,2 milhões de euros, ao passo que os encargos atingiram os 92,7 milhões, resultando num rendimento líquido de 347,5 milhões de euros.

Já em 2018, os rendimentos resultantes de serviços e comissões atingiram os 483,02 milhões de euros, tendo os encargos diminuído para os 89,1 milhões, o que resulta num rendimento líquido de 393,8 milhões de euros.

Assim, a subida dos rendimentos com comissões e serviços entre 2015 e 2018 foi 46,3 milhões de euros.

Em termos de comissões pagas pelos clientes, em 2015, de acordo com o preçário da época, a que a Lusa teve acesso, a manutenção de uma conta à ordem custava 5,15 euros mensais (incluindo imposto), o mesmo que em 2019, mas há várias isenções a que os clientes do banco público podem ter acesso.

Em 2015, quem tinha um ordenado superior a 3.500 euros estava isento, o mesmo acontecendo a quem tinha rendimentos domiciliados e a jovens até aos 25 anos ou estudantes universitários com produtos associados ao banco público.

Em 2019, de acordo com o preçário disponível no ‘site’ do banco público, as isenções totais dizem respeito a quem tem uma solução multiproduto Conta Caixa, a quem tem rendimentos domiciliados e um cartão de crédito e débito com utilização nos últimos três meses, bem como a quem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja inferior a uma vez e meia o Salário Mínimo Nacional e em que o primeiro titular tenha 65 anos ou mais, desde que o património de um dos titulares seja de pelo menos 20.000 euros anuais.

Atualmente, mantêm-se as isenções totais a jovens até aos 25 anos, mas os estudantes com 26 anos ou mais com cartões da CGD associados a produtos universitários têm de pagar dois euros de mensalidade, sendo este valor de 2,80 euros no caso de docentes ou funcionários, e de quatro euros no caso de funcionários ou docentes com cartão Caixa Classic ou ITIC.

Relativamente às contas de serviços mínimos bancários, com a atualização de preços prevista para 2020, passarão a ser pagas em 4,20 euros mensais, com isenção total para quem tenha rendimentos inferiores ao salário mínimo. Anteriormente eram totalmente gratuitas.

No caso de levantamentos de dinheiro ao balcão, vão passar a ser pagos com a atualização de preçário de janeiro de 2020, no valor de 3,12 euros (incluindo imposto), mas estará isento, em dois levantamentos por mês, quem tiver rendimentos domiciliados inferiores a 1,5 vezes o salário mínimo, tenha 65 anos ou mais, cartão de débito e em que cada titular da conta tenha património financeiro com saldo médio de 20 mil euros ou menos.

Em 2015, os levantamentos mediante apresentação de caderneta eram totalmente gratuitos e no preçário atual taxados a 2,86 euros por levantamento (incluindo imposto), com isenções iguais à da atualização de preçário para 2020.

Em termos de anuidade de cartões, o cartão Caixa IN não a tinha em 2015, passando a 12,48 euros (incluindo imposto) atualmente.

Já as transferências pontuais ao balcão inferiores a 1.000 euros passam de 5,72 euros por transferência (incluindo imposto) para 6,24 euros atualmente.

Na internet, as transferências pontuais inferiores a 1.000 euros custavam 0,52 euros (incluindo imposto), custando atualmente 0,83 euros.

Reagindo à polémica à volta dos aumentos de comissões na CGD, o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, recusou na segunda-feira a existência de “qualquer aumento brutal” de comissões e disse que estavam abaixo das cobradas em 2015.

Vários órgãos de comunicação social deram conta nos últimos dias de que a CGD aumentou, em média, 73% os custos para os clientes durante um período temporal que coincide com a tomada de posse de Paulo Macedo como presidente do banco público, há três anos.

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