Rui Gomes da Silva, antigo ministro do PSD, é um dos sete militantes do PSD que assinou o manifesto “Portugal em Primeiro” que defende a construção de “uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda”.
De acordo com os subscritores deste manifesto, a alternativa a um entendimento dos partidos da Aliança Democrática com o Chega passará por “Governos sem estabilidade e de curto prazo, que em nada servirão os interesses do país”.
Em entrevista na SIC Notícias esta terça-feira, Rui Gomes da Silva esclareceu que “estamos a falar de um acordo de Governo, um acordo parlamentar entre o PSD e o Chega”. Para este quadro do PSD, “qualquer solução que não envolva direita e empenhada que não envolva a integração no Governo será difícil de sustentar”.
Sobre a expressão “não é não”, Gomes da Silva não defende necessariamente a saída de Luís Montenegro mas considera que o atual líder do PSD “não deve estar condicionado pela opinião publicada”: “O que pergunto a Luís Montenegro é que o prefere perante o facto de existirem mais de um milhão de votos no Chega”.
Para Rui Gomes da Silva, “o Chega é tão confiável quanto os outros partidos. Há três ou quatro ideias com as quais não concordo. Mas o PS também fez acordos com partidos que estão contra a UE e contra a NATO e defraudou os resultados eleitorais em 2015”.
“O apelo que faço é que Luís Montenegro e André Ventura se devem entender. O que é que vale mais: a palavra ou o futuro de Portugal? Devemos ter um Governo estável. Tive vários deputados a dizer-me que gostariam de ter assinado este manifesto”, conclui Rui Gomes da Silva.
Além de Rui Gomes da Silva, juntam-se ainda a este manifesto nomes como o de Paulo Ramalheira Teixeira, Manuel Pinto Coelho, João Saracho de Almeida e Susana Faria e Paulo Jorge Teixeira.
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